Compositores:
Deré
Robson Moratelli
Rafael Ribeiro e
Toni Vietnã
Intérprete:
Pixulé
É pedra preta!
Quem risca ponto
Nesta Casa de Caboclo
Chama flecheiro
Lírio e arranca toco
Seu “Serra Negra”
Na Jurema, Juremá
Pedra preta!
O assentamento
Fica ao pé do dendezeiro
Na capa de Exu
Caminho inteiro
Em cada encruzilhada
Um alguidar
Era homem, era bicho flor
Bicho homem pena de pavão
A visão que parecia dor
Avisando Salvador, João!
No camutuê jubiabá
Lá na roça a gameleira
“Da Gomeia” dava o que falar
Na curimba feiticeira
Okê! Okê
Oxossi é caçador
Okê! Arô! Odé!
Na paz de Zambi
Ele é Mutalambo!
O Alaketo
Guardião do Agueré
É isso, dendê e catiço
O rito mestiço
Que sai da Bahia
E leva
Meu pai mandingueiro
Baixar no terreiro
Quilombo Caxias
Malandro, vedete
Herói, Faraó
Um saravá pra folia
Bailam os seus pés
E pelo ar o bejoim
Giram presidentes
Penitentes, Yabás
Curva se a rainha
E os Ogans
Batuqueiros pedem paz
Salve o Candomblé
Eparrei Oyá
Grande Rio é
Tata Londirá
Pelo amor de Deus
Pelo amor que há na fé
Eu respeito seu amém
Você respeita meu axé
(respeita o meu axé)
Compositores:
Márcio André
Junior Fragga
Denilson Sodré
Daniel Chanel e
Rômulo Presidente
Intérpretes:
Luizinho Andanças
e Bico Doce
Salve o caboclo
Rei do Candomblé
Mukuiú, Odé, Tata Londirá
Hoje teu povo
Preto macumbeiro
Canta no terreiro
Dia de Ajucá
Menino desperta
Pra quem te guia
Dindinha clareia
E me leva a Bahia
Agô agô, pelos ares
De São Salvador
Cabeça pro seu Orixá
Mão de Jubiabá
É de Angola, é da Goméia
Festa, divindade adoração
Vinha gente afamada
Pai de Santo é João
Oke arô
Destino caçador
Lá vai o feiticeiro
Pedra Preta incorporou
E vem baixar
No meu rio mandingueiro
Nesse fuzuê (auê auê)
Foi a pluma da nobreza
Paetês da realeza
Ramsés pai saravá
Ganga Zumba de Palmares
Um herói de liberdade
Coroado artista popular
Ê katendê
Seu gingado encandeia
Vai ter xirê no bailado
Que vem d’aldeia
Eruexim de Iansã
Espada de Kaiangô
Nas curimbas eu clamo paz
Não quebre o meu valor
Respeite o meu tambor
E a fé nos meus Orixás
Matamba aruê (lê lê rê)
Senhor do Congá (Juremá)
Grande Rio, axé
Eparrei Oyá
Joãozinho
Trovoada e ventania
Eu sou teu filho
Meu quilombo é Caxias
Compositores:
Hélio Oliveira
Rafael Santos
Rodrigo Moreira
Sérgio Gallo e
Gustavo Soares
Intérpretes:
Vitor Cunha e
Evandro Malandro
Noite enluarada
Devaneios tão distantes
Mistério pairava pelo ar
Encanto…
Uma luz a me guiar
A flechada do destino
Que traçou meu caminhar
Ê mojubá, laroye…
Ê mojubá, laroye…
Caminhos abertos
A são salvador
Pra curar a minha dor
No Ile de Jubiabá
Entendi o que era o amor
Entreguei a vida
Ao meu Orixá
Okê Oxossi caçador!
Vibravam…
Tambores de Angola
Magia…
Dos meus ancestrais
Tata Londirá
Kiua Mutalambo
Mesa farta
Na Gomeia
Aluá e Axoxô
Desbravei o mar de Mikaiá
Enfrentando toda opressão
Firmei o ponto
Na morada dos milagres
Tinha gira de cabolo
Nkisi e Orixá
Firmei o ponto
Na morada dos milagres
E cada gira de santo
Enfeitava o canzuá
No municipal
Tem cheiro de benjoim
No bailado de Mercedes
A negra beleza
No carnaval
Faraó e majestade
Herói a liberdade
Ganga Zumba na avenida
Epahey!
É tempestade na Sapucaí
Lavando a alma
Contra toda intolerância
No Adaró, Eruexim e Afefé
Eu sou o Rei do Candomblé
Ôôôô… Firma o tambor!
Hoje tem festa
De caboclo na aldeia
Okê okê pedra preta saravá!
A Grande Rio
É resitencia do Gongá
Compositores:
Myngau
Myngauzinho
Charles Silva
Gabriel Simões
e Mateus Pranto
Intérpretes:
Evandro Malandro
Silas Leléu e
Fredy Vianna
Okê, okê!
Um brado n’aldeia a ecoar!
Pintei o corpo de urucum
Vesti o tricolor-cocar
Eu vim da Macaia
Lá do Juremá
Sou filho
Da flecha certeira
O meu caminho
Dindinha clareia
Ouvi uma voz, vi aparição
Cantava a Jandaia?
Será ilusão?
Nas encruzas da estrada
Vou seguindo:
Entender em Salvador
O meu destino!
Aluá, Axoxô!
Aluá, Axoxô!
Pai Jubiabá Quilombola
Tatá Londirá
Kiuá Mutalambô
Quem reina em Gomeia
É o trono de Angola!
Lembranças da roça
Guardadas em mim
No chão de Caxias
Ergui meu Ilê!
Búzios, Juremeira
No ar, Benjoim
Magia das ervas
De Katendê!
Fiz do carnaval
Negra liberdade
Fui Ganga Zumba
Líder dos palmares!
Brilhei na leveza
Do meu bailar
O mundo me deu sua fé
Axé pra coroar!
Os ventos de Kaiango
Estão sobre nós
E a Grande Rio
É resistência, nossa voz!
Firma o ponto no terreiro
Pra kizomba começar
Vai ter samba de caboclo
Xetruê, Xetruá
No poder do Ofá
Na magia do Afefé
Hoje cada caxiense
É o Rei do Candomblé
Compositores:
Dinho Artigliri, Kaká
Fernando Nicola
Hugo da Grande Rio
e Marco Moreno
Intérpretes:
Flávio Martins e
Igor Vianna
Clareia luz do Orum
Caxias vai incorporar
Sou da mina Santé
Xetruá, Xetruá
Com a bênção
Do velho feiticeiro
Catulado no terreiro
Recebeu sua missão
Axé, pedra preta
Vem guiar seu filho
És o dono
Do corpo e da alma
O sacerdote
Segue a intuição
De Salvador ao Redentor
Nova Goméia
Tatalondirá Okê
Tocam tambores
Em comemoração
Dilombá tá…
Kilondirá… Mutalambô
Sopram ventos de Oyá
Vem na gira
Evoca a força dos deuses
A energia que sente
Motumbá…
Ilumina a nossa gente
Na passarela da vida
Vestiu fantasias de liberdade
De Ganga Zumba
Ao esplendor
Bravo artista que encantou
Da sociedade
O respeito conquistou
Viva João…
O Rei do Candomblé
Vai ter xirê
Eparrei Afefé
Se junta aos ancestrais
Pra espalhar a paz
Por toda terra
Brasil, a luta é teu sobrenome
Injustiça te consome
A diversidade
Se agarra na esperança
Porque o canto
Do Quilombo que nos guia
Exige igualdade e tolerância
Saravá, Grande Rio
Sua nação chegou agô.. agô
Salve o povo da mata
Fé que não se cala
É luz, é resistência, é amor
Compositores:
Hugo Oliveira
Thales Nunes
Antônio Conceição
Diego Soares e
Carlinhos Professor
Intérpretes:
Tem-Tem Jr. e
Evandro Malandro
Salve o Brasil caboclo
Salve a Bahia
De noites sem-fim
Olha o quebranto!
Poeira no redemoinho
Mistério!
Devaneios de um menino
Ele voou…
Seguindo as cores
Do mercado em Salvador
No solo “amado”
De Pai Jubiabá
Fez a cabeça
Pra Oxóssi caçador
Ê, viola…
Faz pedra preta sambar
Ê Gomeia…
João firmou o seu gongá
À sombra da gameleira
Perfume de aluá e dendê
Bailam Iaôs
Na magia do Xirê
Lá na mata
Tem a mironga
Da Jurema
Lá na mata
Tem a mironga
Da Jurema
”Clareia dindinha”
Caboclos em festa
Fundamentos da Baixada
Saberes da floresta
Fez da liberdade
Linda fantasia
No esplendor
Das noites de folia
Vestiu o orgulho
De seus ideais
Dos palcos aos palácios
Negros passos
Não voltam atrás
Lutou…
Suas armas a arte e a fé
Coroado Rei do Candomblé
Encantado nos braços
De Iansã… Grande Rio!
O samba jamais silencia
Clama no Quilombo de Caxias
O fim da intolerância
No amanhã
Firma o ponto na gira
A baiana quer girar
Deixa girar, saravá
Mente liberta
Não aceita cativeiro
Tata Londirá
É Rei nesse terreiro
Compositores:
Elias Bililico
Eduardo Queiroz
Henrique Tannuri
Sérgio Daniel e
Oscar Magrini
Intérpretes:
Tiago Brito e
Evandro Malandro
Aquela estrela
Que brilha no céu
É da Bahia ôôôô
Quanta magia!
Mistério e assombração
Iniciando a missão
Sagrada herança
Que emana axé
É ele, Joãozinho da Goméia
Filho de Jubiabá
Salve o Rei do Candomblé
Oke arô… Tata Londirá
Clareia, dindinha lua
O xirê vai começar
O batuque do tambor
Fez a gira girar
Caxias no coração
Orgulho do meu lugar
Pelo carnaval
Um apaixonado
Talento na arte, vocação
Coragem, atitude, ousadia
Sempre a frente
Do seu tempo
Ficou a lição
Em cada festa
Devoção e muita fé
Nosso quilombo
Nesse chão, ainda é
A voz da resistência
Combate à intolerância
Eu peco aos Orixás
Pra ver reinar a paz
Caboclo…
A sua flecha e proteção
Renova a esperança
No meu coração
Pode o tempo
Virar, relampejar
Na tempestade
Da felicidade
O vento do amor
Vai me guiar, eparrei Oiá!
Aluaiê, aluaiê
Grande Rio, saravá
Firma ponto no aguerê
Toca a viola
“Pedra preta” quer sambar
Bate cabeça
Hoje o coro vai comer
Compositores:
Neguinha da Grande Rio
Professor Aluisio
Manelzinho do Limac
Suel Paiva e
Paulo Martins
Intérprete:
Digu’s Silvah
Mukuiu… Axé
O asfalto sagrado
Hoje é terreiro de fé
Pra saldar
Joãozinho da Goméia
Nosso “Rei do Candomblé”
Pelas mãos
De Jubiabá iniciado
Vestiu-se de pássaro
Num sonho divino
Caiu no mundo
Seguiu seu destino
Na Salvador
De Todos os Santos
Pai pedra preta
Firmou seus encantos
Toca o atabaque
Bate o tambor
Velas ao mar
Laroyê, okê arô
Baixou no Rio trazendo axé
Fez da Baixada
A capital do Candomblé
Rompendo as fronteiras
Da religião
João encantou palcos e salões
No carnaval
Com glamour desfilou
Do Catete ao Katendê
A fé revelou
No municipal
Mostrou seu bailado
Pela rainha
Foi rei aclamado
Líder negro
De negras histórias
Resistência, lutas e glórias
Com Iansã a iluminar
Eparrei Oyá
Caboclos de todos
Os credos
Vão baixar
Para Goméia
Do samba abençoar
Salve o brasil-terreiro
Saravá…
No canto do caboclo
Negritude e magias
Tem Tata Londirá
No Quilombo de Caxias
Viva o povo-de-santo
Salve o povo-do-samba
Na Grande Rio
Oxirê é de bamba
Compositores:
G. Martins, Nêgo
Mo, Dedé Aguiar e
Jailson da Grande Rio
Intérprete:
Evandro Malandro
Clareia…
A noite sem fim na bahia
Destino…
Os medos ficaram pra trás
Voa, nas asas
De um sonho o menino
Candeia o trono
De Angola a reinar
Tem fogo no mato
É mentira ou milagre
Agô meu Salvador
Jubiabá raspou cabeça
Mantos de penas
A viola a delinhar
Nessa roça brotou
A semente
Na corrente de fé
Na gameleira
Que João da Pedra Preta
Se firmou no Candomblé
Axoxô e alua
Dança no xirê
Traz o poder das matas
Pra Oxossi
Caçador nova morada
Canto de Caboclo na Baixada
Brilhou malandro e vedete
Nas ruas seu encanto seduziu
Desfilando sua grandeza
O herói da liberdade reluziu
Rompendo as barreiras do rito
Se fez bailarino de um povo
Da corte foi aclamado rei
A benção Tatá Londirá
O vento que corta arrepia
Renasce no Quilombo de Caxias
Axé! intolerância não!
Salve a voz da resistência
É da Goméia… Saravá João
A Grande Rio
É nosso laço de união
Compositores:
Régis Santos
Bujão, Antonio Carlos
Marco Simeon e
Victor do Chapéu
Intérpretes:
Wander Pires e
Evandro Malandro
Brilham estrelas de Obi
É noite de afro-luar!
Mistérios do mundo eu vi!
O menino encantar
Aloriê, na estrada
Exu é Mojubá
Cabeça feita
Por seu pai Jubiabá
Ifá aponta o destino
Pedrinha miúda no olhar
Bordada com a linha
Do Orixá
Ôôôô Obá
Ainé Angorô!
Um canto de fé
Da Goméia ecoou!
No chão de Salvador!
Trono de Angola!
É pedra, é índio
É quilombola!
Levou para a Baixada
Seu toque de paz!
Plantou a liberdade
Dos seus rituais
Flecha de Oxossi
No peito redentor
Okê meu Rio
A Jurema banhou
Artista, mandingueiro
Seu gingado tem axé!
“Herói” na avenida
Ganga Zumba ê
No balé do vento
A força do Afefé
Taí o Rei do candomblé!
Roda baiana
Na gira do santo
Canta pro santo
Que veio de lá
Oyá, oyá
Faz essa gira girar
Ah minha mãe Iansá
Chega de intolerância!
Maromba xeto!
João dos terreiros!
Iluminai os teus herdeiros!
Sou Grande Rio
Caxias é meu gongá!
Vai ter xirê
No quilombo, saravá!
Toca pandeiro
E faz esse povo sambar!
Toca viola no axé
De Tatá Londirá!
Compositores:
Mariano Araujo
Fernando Magarça
Rubens Gordinho
Guilherme Macedo e
Tadeu Galo
Intérprete:
Evandro Malandro
Axé…
Meu tambor
Ressoou lá na aldeia
Acende a luz que encandeia
Desperta o caboclo da mata
Xeto! Maromba xeto!
Pedra preta
Incorpora e vem sambar
Saravá!
“Joãozinho da Goméia”
Clareia… didinha!
Conduz seu destino
Visões devaneios
Eo som do menino!
Bahia sagrada que revelou
No chão que foi “Salvador”
Pelas mãos de Jubiabá
Xirê na corte dos Orixás
Iaôs em rituais
Axoxô e Aluá
Okê arô Oxóssi
Abre os caminhos
Nos braços do redentor
Okê arô Oxóssi
Fez na Baixada
Morada do caçador
Brilhou a alma do artista
João, vedete, sambista
Destaque no “Império”
Do carnaval
No palco, o legado
Seu afro-ballet
Admirado elador da fé
Pra sempre “coroado”
O “Rei do Candomblé”
As festas no arraial
No seu terreiro a magia
Quem sabe a gente
Vai reviver um dia!
Eparrei! Oyá
“Relampejô”!
“Trovejô”!
Na ventania!
Eparrei! Oyá
Mukuiu! Kiua!
Tatá Londirá!
Ê quilombola ê…
Resistência
Sou a voz da Grande Rio
Sou caxias
Ê meu direito
Respeita o meu orixá
O preconceito
Não vai me calar!
Compositores:
Paulinho Direito
Elma e
Alessandra Lima
Intérprete:
Paulinho Direito
Oh Bahia
Terra de São Salvador
No santo…
Aos pés da gameleira
A cabeça feita fui zelador
Lá na roça
Atabaques a ecoar
Firma ponto os ogãs
Nos toques a cantar
Okê Caboclo
Pedra Preta já chegou
Eparrei Oyá
Iemanjá abençoou
Grande quilombo
Se formou
Caxias está em festa
E viva São João!
Então é o poder
DSos Orixás
Que confirmou
Tata Londirá é amor
Se a viola tocar
Pandeiro versa
À luz do luar
São tantas as recordações
Amigos que emoções
No Rio é carnaval
A tricolor é um corpo só
Filhos meus, que alegria!
Estar nos braços seus
Babalaô
Fui negro e tive fé
Joãozinho da Goméia
O Rei do Candomblé!
Compositores:
Leandro Lima
Wagner Rosa
Robson, Silva
Ewerton Zéo e
Clayton Souza
Intérprete:
Evandro Malandro
Xetruá!
Maromba Xeto!
O canto
Do caboclo a ecoar
As dores de cabeça
Incomodavam
Foi levado
Ao Velho Jubiabá
Feiticeiro raspou
A cabeça do moço
Lá na roça da Goméia
Que firmou seu Candomblé
“Pedra preta” sai
Em busca do destino
Criou asas o menino
Motivado pela fé
Ao Rio chega
Com os seus ensinamentos
Em Caxias
Sua história despontou
Entre Caboclos e Orixás
Que incorporava
Com a proteção de Iansã
E Oxóssi caçador
Bailarino
Foi malandro e vedete
Pai de santo respeitado
Sim, senhor!
Fez “dessa terra”
Um quilombo de verdade
Que a rainha da Inglaterra
Se encantou
Kaô, kaô!
Atabaque e agogô
Firma o ponto no terreiro
Amalá para Xangô
Ritual já começou
Festa para o justiceiro
Foi heroi
Da liberdade… João!
Enfrentou a opressão
Com axé!
Com a licença do seu guia
Desfilou na avenida
Travestido de mulher
Assim surgiu um grito
De pertencimento
A luta contra
Todo o preconceito
Fincando suas raizes
Nesse chão
A Grande Rio pede respeito
Somos todos iguais
Nesse Brasil-contradição
Negro é forte, negro é fé
Viva o povo de Santo!
Salve o “Rei do Candomblé”
Compositores:
Carlos Senna
Carlinhos Fiscal
Tião Casemiro
Deodônio Neto e
Carvalho
Intérpretes:
Marcelo Rodrigues
e Evandro Malandro
Caboclo ê
No Quilombo de Caxias
Ê Juremê ê Juremá
De pedra preta a bailar
E maré… vodum rio orixã
Laroye abram os caminhos
Ao menino da Goméia
Jubiabá feiticeiro incorporou
A saia que gira a brisa é Oyá
A flecha certeira
Um babalorixá
Eu vim…
Vim de lá do meu sertão
Fiz minha roça nesse chão
E aos pés da gameleira
Firmei meu Gongá
Ê auê saravá
Filho de banda
Aruanda aos braços
Do redentor ôô
Nesse terreiro tem samba
Tem batucada
A magia da Baixada
O axé do meu andor
A fé que me confirmou
Oke arô
Fiz reza com a flecha
Do perseguidor
O herói da liberdade
Ganga Zumba de Palmares
Cheiro de Benjoim pelos ares
Do Catete ao Katendê
Do asfalto à favela
Quem nunca viu
O bailado dos Orixás?
O som do tambor
Tocando a alma
Negra como um sonho
De libertação
Salve esse Brasil-terreiro
Do meu cavaco e pandeiro
Sou da Goméia
O Rei do Candomblé
Okolofé Matamba ê babá
Mukulu Matamba ê babá
A Grande Rio clama
O amor e a igualdade
Tata Londirá ê saudades
Compositores:
Levi Dutra
S. Sumaré
Raimundo Maia
Ailton Prata e
André Ricardo
Intérprete:
Evandro Malandro
Sou Tatá Londirá de Olorum
No clarão da visão
Meu destino encontrei
Malandro caboclo
Do roçado da Goméia
Jubiabá minha cabeça raspou
Ora eu, ora meus Orixás
A mediunidade
Cada dia sobre mim
Laroyê, Laroyê
Foi assim que o Candomblé
Em Caxias se alastrou
Do talento negro
Meu senhor
“Malandro Vedete”
Dos palcos da vida
No canto, na dança
A minha ousadia
Vivo a liberdade
Crio fantasias
Meu frenesi
Faz alegria da folia
No bailar do brilhante
O show não para
Superei as barreiras
Da sociedade
É noite de gala
Festejo ao luar
Aroma de flores
Por todo lugar
Eu ando com fé
Da fé não duvido, ô
Eparrei… eparrei Iansã
Da intolerância e opressão
Fiz da minha arte
Encanto da multidão
A benção
Meu pai, a benção
Entidades vou “saravar”
Okê, okê
Quem tem guia
Pode colocar
No xirê da Grande Rio
Meu tambor vai ecoar
Okê, okê
Sou Joãozinho da Goméia
Brilha a luz
Do meu Quilombo
Pela paz da minha terra
Compositores:
Calado M. Santiago
Eduardo Bello
Beth Pinheiro e
Jorge Adriano
Intérprete:
Serginho do Porto
Auê, caboclo ê
Ecoam os tambores na Bahia
Têm mistério e magia
O xirê vai começar
Sob os encantos de Jubiabá
Tempo senhor do destino
Deu ao menino sabedoria
Fez florescer
Na roça de Caxias
O seu Candomblé
Odê, okê, arô, meu pai axé
O terreiro veio abençoar
A fé que aportou
No ventre dessas matas
Hoje no Quilombo da Baixada
Vamos saravá
Vai ter fuzuê
Canta pra saudar
Festa no Ilê
Dançam os Orixás
O firma o ponto
Que é de Angola a gira
O corre gira “Tatá Londirá”
Nos palcos da vida
Bailou sua arte
Brilhou na avenida
Vestiu liberdade
Foi rei, foi herói
De orgulho e respeito
Prum novo amanhã
Lutou por direitos
Joã…
Guiado pelos
Ventos de Oyá
Faz da apoteose
Seu Gongá
Mete a mão
No couro batuqueiro
Vem pro samba mandingueiro
A Grande Rio chegou
Pisa forte nesse chão
Quilombola
Tem feitiço e mandinga
Esse ritual de fé
Salve o povo que é de Santo
Aos irmãos eu peço axé
Joãozinho da Goméia
Nosso Rei do Candomblé
Compositores:
Marcelinho Santos
Licinho Jr.
Competência
Foca e Alexandre Inove
Intérpretes:
Diego Nicolau e
Pitty de Menezes
Oguirê… ê Mukuiú no Ayê
Nkisi e Pedra Preta
Okê odé okê!
Dindinha ilumina o caminho
Tem pó na estrada
Pra me proteger
Mojubá!
Tem magia… tem xirê
É fogo no mato
Perfume e poeira
É sonho é quebranto
Nas terras de São Salvador
Jubiabá…
Cabeça feita então parti
Na roça o meu
Feitiço se firmou
Mandinga e fuzarca
Tem gira pro santo
Auê! Auê!
Quem manda é Oxóssi
Quem zela é Iansã
Tem caça e fuzuê
Se a arte domina meu corpo
Minha’alma transpira coragem
Algoz de tanta hipocrisia
Herói de toda liberdade
Gente de todo lugar
Procurando a fé
Veio pra me coroar
Rei do Candomblé
Caxias meu quilombo
Contra intolerância… axé!
Xeto maromba xeto
Caboclo Xetruá
Baixa na minha aldeia
Folha de Juremá
Quem me atira pedra
Só me deixa maior
Fere… mais cicatriza!
Deve ao meu catimbó
Relampeou! Relampeou na roça
Cocar e flecha… raio e trovão
Relampeou! Relampeou na roça
É fundamento da Goméia de João
Samborê! Samborê!
Grande Rio!
Firma o aguerê ogã
Motumbá!
Vim bater cabeça
Pra vencer demanda
No Ilê do samba
Tatá Londirá!
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.