PARCERIA DE VALTINHO BOTAFOGO (Campeã)

Compositores:
Valtinho Botafogo
Rogério Lobo, José Carlos
Zé Miranda, Beto Aquino
Pecê Ribeiro, D’Sousa e Araguaci

Intérprete: Zé Paulo Sierra

Clamei aos céus
A chama
Da maldade apagou
E num dilúvio
A terra ele banhou
Lavando as mazelas
Com perdão
Fim da escuridão
Já não existe
A ira de Monã
No ventre há vida
Novo amanhã
Irim-Magé já pode ser feliz
Transforma a dor na alegria
De poder mudar o mundo
Mairamuãna
Tem a chave do futuro
Pra nossa tribo lutar e cantar

Auê, auê
A voz da mata
Okê, okê arô
Se Guanabara
É resistência

O índio é arco
É flecha, é essência

Ao proteger Karioka
Reúno a maloca
Na beira da rede
Cauim pra festejar… purificar
Borduna, tacape e ajaré
Índio pede paz
Mas é de guerra
Nossa aldeia
É sem partido ou facção
Não tem bispo
Nem se curva a capitão
Quando a vida nos ensina
Não devemos mais errar
Com a ira de Monã
Aprendi a respeitar
A natureza, o bem viver

Pro imenso azul do céu
Nunca mais escurecer

Índio é Tupinambá
Índio tem alma guerreira
Hoje meu Guajupiá
É Madureira

Voa Águia na floresta
Salve o samba, salve ela
Índio é dono desse chão
Índio é filho da Portela

PARCERIA DE NOCA DA PORTELA



Compositores:
Noca da Portela
Wanderley Monteiro, Celso Lopes
Charles André, Vinícius Ferreira
Bira, Wilson Rufino e
Rafael Gigante

Intérprete:
Wander Pires

Guajupiá
A força da Águia me conduz
Sou portelense Tupinambá
Na aldeia
“Madureiroswaldokruz”
Castigo é fogo!
E veio do céu
Ao homem que não preservou
Mas Irin-Magé, pajé do mel
Cumpriu a missão
Que Monã ordenou
Repovoar a terra

Nasce o filho profeta
O transformador

Ôôôô ôôôô
Nesse azul que me acalma
Eu navego meu amor
Ôôôô ôôôô
Salve a nossa Guanabara
Eu suplico ao criador

Vem sambar
Hoje tem festa na maloca
Enfeita a Okara
Chegou Tabajara
O índio é o primeiro carioca
Sabedoria é poder compartilhar
Caçar, plantar, colher
Prepare o kauí pra “bebemorar”
Que a farra
Não tem hora pra acabar
Vem… meu paraíso pede paz
Nas ruas vejo teus sinais
E a voz do povo a ecoar
No terreiro do meu padroeiro
Pra Oxóssi abençoar

Eu sou Portela
Por natureza, amor!
Jaqueira é madeira
Que não vai tombar
O ninho da Águia guerreira
Faz Madureira de novo sonhar

PARCERIA DE SAMIR TRINDADE



Compositores:

Samir Trindade
Elson Ramires
Neizinho do Cavaco
Paulo Lopita 77
Vania Lima e Beto Rocha

Intérpretes:
Tinga e Diego Nicolau

Resplandeceu
Povo da mata em Guaraci
Pra saudar Curumim, Raoni
Alvoreceu
Vou colorir linda manhã
Sob as bênçãos de Monã
Da Guanabara
Reviver Guajupiá
O mar ainda
Feflete Irin-Magé
Meu Cacique, meu Pajé
Sou filho de Maíramuana
O rio de amores
Da sinfonia das flores
No berço ainda nú
O azul, esse meu azul
Eram Caêtes e Cecis
Cateretês, Marakás
A melodia dos mananciais
No Aracê dos Brasis
Auê meus Tupinambás
Paraíso dos ancestrais
Yabebira, Guirá Guaçu
A vida livre, Eiraká
Não vejo mais
Chocalhos e tambores
Doces flautas e licores
Nosso fim foi Vera Cruz?
Guerreiro chora
Mas é brado na aldeia
Ninguém tomba
Essa madeira
Seu espírito de luz

Okara êêê, Tabajara êêê

Portela
Fiz de você
O meu Guajupiá
Tuas raízes
Meu melhor lugar
Um Karioka em paz
O rio é índio
Corre nas veias Kûánãpará
Sou a lembrança
De um Tupinambá
Que não se rendeu jamais

E ô raiou Portela
Guirá voou Guirá
A tribo de “Monarco”
E flecha

Resistência na floresta
Grande Águia de cocar

PARCERIA DE THIAGO NA FÉ



Compositores:
Thiago na Fé, Bruno Lima
Filipe ACAF, César Rezende
Son Tramela, Gerson PM
Alexandre Fiuza
e Leandro Maninho

Intérprete: Bira Silva

Monã lançou do céu
A chama que puniu
O povo pecador
Irin-Magé
Ser que o divino preservou
Mairamuana, guru, profeta
Vem transformar e ensinar
Bençãos e regras
Do Deus dos Tupinambás

No curso das águas
Azul sobre azul
É rio que encontra o mar
Bravos guerreiros
Não temem a morte
Alcançam Guajupiá

Está formada maloka
“Taba” “Karióka”
Nasce um Tupinambá

Cauim e vinho
Não podem faltar
Pra celebrar
(Pra celebrar)

Tragam as canoas
Vamos embarcar
Serpentear pelas aldeias
Guirá Guaçu nosso lugar
“Meu mano então como é?”
Nós já não temos Pajé
Espelho que reflete
Em nossa alma
“Meu mano então como é?”
A nossa tribo é de fé
Vem pra Portela
Que o samba acalma

A grande Águia a voar
Sapucaí vai sambar
Com a Majestade
De flecha e cocar
Traz esperança
A minha bandeira
Canta Oswaldo cruz
E madureira

PARCERIA DE CIRANINHO



Compositores:
Ciraninho
Alceu Maia
Beto Martins
Rafael dos Santos
Alex Magno
Guilherme Baptista

Welington Siqueira e
Flavinho Bento

Intérprete:
Ito Melodia

O céu queimou
Monã salvou Irin-Magé
Chora Irin-Magé
Seu pranto
De solidão tocou Monã
Que deu-lhe a flor mulher
Karaíba nasceu
Entre as cachoeiras
E cascatas
No seio das matas
De Guajupiá
Mairamuana
O grande Pagé
Ditou costumes
Da nação Tupinambá

É Quarup na aldeia
Piracema, lua cheia
É Quarup na aldeia
Tem cauim, clareia

Linda terra
Dos meus ancestrais
Calma como o azul
Da liberdade
Rio de canoa e cocar
Tempo que o tempo
Tem saudade
Sou o índio guerreiro
O mais brasileiro
Dos “filhos teus”
Povo de pele morena
Sagrada, sangrada
Por europeus
Karioka “marca”
A esperança
Voa grande Águia
A convocar
Tupiniquins, Camaiurás
Os “Raonis”, Xavantes
Caetês e Carajás
Tamoios, Tabajaras
A tocar e a dançar

Pisa no chão
Que o dono
Dda terra chegou

Canta mais forte
Que o dono da
Terra chegou

Portela és Guajupiá
Tribo Madureira
Meu lugar

PARCERIA DE GAÚCHO



Compositores:
Gaúcho
Camarão Netto
Nando Gigante
Pirique Neto
Thiago Maciel
Fred Lima
Gilson Madalena
e Sérgio Pinto
(Samba dos Crias)

Intérprete:
Emerson Dias
Participação Especial:
Juliana Diniz

Com as bênçãos de Monã
Vejo um novo amanhecer
Enfim resplandeceu a vida
Vai brotar
Das águas, redenção
Do ventre, o poder
Transformação
Maíramuana
Sou o escolhido, Abaeté
Segui rio abaixo
Em viagem
Por entre cascatas
Igarapés
Quando o azul do céu
Beija o azul do mar
Brilha Guajupiá

Dessa terra
Nasceu filho Tupinambá
De tacape e cocar
Karióka

Na Okara, aprendiz
Velha-Guarda a ensinar
A Kunhã guardiã
É guerreira

Vai, minha canoa
Navegando, vai
Desbravando aldeias
Sob a luz da lua cheia
Ao som
De flauta e marakás
É pajelança, tem cauim
Sagrados rituais
Ah, minha Portela
Tu és nosso talismã
O sonho de um amanhã
A esperança, a nossa voz
A cada curumim tua lição
Pra raiar um novo dia
Preservação

Quem vem de lá
De corpo pintado
Flecha certeira?
A tribo Oswaldo Cruz
E Madureira
“Ô, skindô lê, lê!”
“Ô, skindô lá, lá!”
Chegou Portela
Sob os olhos de Guirá!

PARCERIA DE CELSINHO DE ANDRADE



Compositores:
Celsinho de Andrade
Rafael Faustino
Raphael Gravino
e Rodrigo Tinoco

Intérprete:
Nino do Milênio

Sobre a terra
Os olhos de Monã
Brilham como
Os raios da manhã
Reflete a imensidão
Azul do céu
Se faz a luz
No seio do mar
Os mais belos
Traços do criador
A vida em plenitude
E graça
Bravos guerreiros
Longa jornada
Do berço de rede
Ao centro da taba
Um Curumim Tupinambá
Carrega o legado
De Kûánãpará

Corre a valentia
No sangue de Abá
Nas mãos de Kunhã
A força pra lutar
Sob a luz da
“Lua apaixonada”
Trilhando o caminho
Da nobre morada
Corre a valentia
No sangue de Abá
Nas mãos de Kunhã
A força pra lutar
Pajé não deixa
A tradição morrer
Para a vida eternizar
Na Yvy-maraey

Singrando a novas aldeias
Pelas águas de Caramuru
“Havia uma festa de amores”
Em Guirá Guaçu
A pajelança começou
Ao som de
Tambores, marakás
Canto, dança e rituais
“Ó, cauim”, traz toda a magia”
“Daquele ambiente de alegria”
Portela, resgata
O nosso Guajupiá
O povo da mata
Imponente a cantar
Tribo portelense
Valente e unida
“Lendas e mistérios” dessa vida

“Olha só quem vem lá”
O voo da Águia
Na beleza dos azuis
Com a força da aldeia
Madureira e Oswaldo cruz
Com a força da aldeia
Madureira e Oswaldo cruz

PARCERIA DE MARQUINHOS DO PANDEIRO



Compositores:

Marquinhos do Pandeiro
Joseth Rodrigues
Flavio Viana

Charles Braga, Dollores
Phabbio Salvatt, Tuca
e Antonio de Matos

Intérpretes:
Wantuir e Bico Doce

Um chamego de mar
No chão de Kaapuã
Seio aconchegando o paraíso
Monã me derramou
Depois do fogo
Ao tentar criar de novo
Um mundo de juízo
Deu a Irin-Magé seu par
Pra semear Tupinambá
Maíramûana, filho Karaíba
No guizo do maracá
Mostrou a cura, o cauim
E os caminhos até mim
Guanabara-Guajupiá

E Xamã falou da bravura
Mais sagrada
Que terra boa
É terra preservada
E Xamã falou da bravura
mais sagrada
Que terra boa
É terra demarcada

Você é Karióka
Da onde, malandro?
– Da taba!
Seus passos vêm de longe
Sua sede bebeu minha água
Unha de onça
Garra de Águia destemida
Abá quando encara a morte
Kunhã quando enfrenta a vida

Ê, ê, Curumim
Hoje tem festa no Okara
Corpo e alma no tambor
Já chegou a Tabajara

E da minha enseada, eu vi
Mandioca mascada
Tupi não tem hora marcada
Pra acabar com a brincadeira

Canoa pega
A cheia da gamboa

Até Guirá-Guaçu
Em Madureira

Portela
Me empresta o seu azul
Que esbarra na barra
Do azul que é meu
Fagulha de cor
Estampando a cidade
Aí que a esperança, renasce
Como flor de Manacá
Ecoa um canto ancestral
Na avenida
E a gente sonha ainda
Que o Rio pode se salvar

PARCERIA DE ELIANE FARIA



Compositores:
Eliane Faria
Eli Penteado
Wander Timbalada

Arnaldo Rippel
Prof. Sonia Pedro
e André Fugaz

Intérprete:
Serginho do Porto

O canto do índio ecoou
Eram Tupinambás
Vai ter pajelança a luz do luar
Terra sem males, Guajupiá
Auê, Portela, auê, clareia
Do fogo da cobrança
Ira de Monã
Vê lágrimas de Irin-Magé
Águas rolaram para vida
Renascer gerando
Maíramoana

Viajar no céu
De estrelas azul
Desse manto

Navegar num rio tão belo
Repleto de encantos

Bordando o saber nas gerações
Ritos culturais e tradições
A vida que não se apaga
Depois que parte é alma luz
Que vai se eternizar
Sagrados imortais
São nossos ancestrais
Guardiões da natureza
Moça pura faz kauí
Pro seu povo celebrar
Magia no sabor
No canto e na dança
Louvação, sou Karioka
E vou chorar
Maltrataram essa nação
Com essa selva de pedra
Que o homem fez por ambição

A Portela chegou
Vem sambar
Salve Guajupiá
Tem festa na aldeia
Os tambores vão rufar

PARCERIA DE RICARDO PINTO



Compositores:

Ricardo Pinto
Sérgio da Boina
Gilberto da Esquina da Águia
Sergio Oliveira e
Stenio Lagune

Intérprete: Vitor Cunha

Rio, senda encantada
Onde Deus
Fez morada, Monã
A ingratidão
Lhe trouxe a ira
Veio o castigo
A destruição
Do pranto de um caboclo
Foi concedido o perdão
Ressurge o paraíso
A vida à beira-mar
Irin-magé teve a missão
De povoar
Maíramûana, seu filho
A imagem da fé
O profeta guru
A ancestralidade do pajé
Água pra beber
Solo pra plantar
Ave pra comer
Peixe pra pescar

Entre o azul do céu
E a imensidão do mar
A enseada Kûánãpará

Chemembuíra Rakuritim
Na taba Karióka
Vai nascer um Curumim
Ritos, preceitos, marakás
A chocalhar, a chocalhar
Bravos guerreiros
Dia a dia a trabalhar
No grande quintal
O ideal, cordialidade
Viver e sonhar
Com a eternidade

Ê fuzuê… ê fuzuê
Maloca cheia
Algazarra encandeia
Corpo pintado
Os tambores vão romper
Vai ter kaûím
Até o dia amanhecer

Mas… o elo desse amor
Não pode acabar
A poesia é um desalento
A se cultivar
Semeie a esperança
Adoçe o rancor
Do manto azul e branco
Ao esplendor

Só de falar contagia
Portela é magia
Meu Guajupiá
Águia altaneira
Em Madureira
Terra sem males
Berço de tupinambás

PARCERIA DE WAGUINHO



Compositores:

Waguinho
Zé Luiz e
Willian

Intérprete:
Marquinho Art’Samba

Conta a tradição
Tupinambá
Faz a Águia desfilar
Ao rufo de
Tambores seculares
Oh terra sem males
Reino de Monã
No azul desta manhã
Um paraíso
Aquarela desenhada
Verde, vida, passarada
E o desabrochar da flor
Mas o castigo
Pelo fogo que consome
Restou simplesmente
Um homem
Para soluçar de dor

Êê Irin-Magê!
Êê Irin-Magê!
Secou o pranto
Foi cumprir sua missão
Entregou seu coração
Ao amor de uma mulher

Nasce Maíramoana
O feiticeiro deste lugar
Pra ser adorado e temido
No rito Tupinambá

Água de beber
Agua de banhar
Onde o rio abraça
A Bahia, há Guajupiá

Índios, tribos, aldeias
A grande maloca
A taba cheia
De “Um ser karioca”
De pai para filho
A história escorre
Índios, serão aqueles
De peito deserto?
Entre a fumaça
E o imenso concreto
Nesta cidade
Que aos poucos morre
Meu rio…
Parece que a natureza diz
A vida segue
Andando por um fio
Que mal lhe fiz?

Entra na roda
Portela auê!
Entra na roda
Onde mora a razão
Chegou a hora de parar
Auê! Auê!
O bicho homem
D’ambição

PARCERIA DE DENICE CANDEIAS DA PORTELA



Compositores:

Denice Candeias

Robertinho Sorriso
Zeca Sereno

Viviane de Paula
Lucas Masson

André Santos
Gustavo Bachini
e Adilson

Intérprete:
Sandro Motta

Portela, primeira paixão
Meu Guajupiá, minha herança
No voo da Águia Altaneira
Do paraíso
Uma eterna lembrança
Vai clarear
Vibra a natureza
Em perfeita harmonia
Mas o homem destrói
Com ganância e hipocrisia
Esse lugar tão bonito
De um azul infinito
Onde o sol foi morar
E o branco da lua
Com sua candura
Nos faz sonhar

Ôô Monã, Deus da criação
Proteja essa nossa gente
Daqueles que não
Têm a mente sã

Irin-Magé
Pajé do povo
Pede Irin-Magé
Um mundo novo
Maíramuana
Sabedoria ancestral
Encantadas forças
Do bem e do mal
Reflete a essência
Que viu nascer
A imagem do Karioka
Que só quer viver
Desperta, caboclo
Que a pajelança vai começar
Sou da aldeia
Oswaldo Cruz e Madureira
Essa história eu vou contar

Hoje a Tabajara
Vai emocionar

Tocam tambores
E marakás

O puro Kaüi
Nos faz delirar

Festeja…
É carnaval Tupinambá

PARCERIA DE BITA DA PORTELA



Compositores:
Bita da Portela
Luizinho da Light
Adilson Franco

Chicão do Cavaco
Luizinho du Kavaco

Pery Nogueira e
Jorge Nascimento

Intérprete:

Do céu
Desceu a grande fúria
Sobre a terra
O ser humano sofreu
Por não saber aproveitar
A natureza
Que encanta o seu olhar
O rio beijando o mar
Lá vem Portela
Na veia o sangue Tupinambá

Irim-magé
A esperança
De um novo amanhecer
Pediu em prantos a Monã
Louvado seja nosso Pajé

Deslumbrante cenário
Facho de luz que me acalma
Vivendo em profunda gratidão
No rio virgem, Guajupiá
Nasce um profeta
Na lendária Karioka
Abraçado por ritos e tradições
Garras de água, sua proteção
Herdeira no dom
De se transformar

Canoa balança
De aldeia em aldeia
Me embriaguei
Bebi o sagrado Kauí
Toquei tambor
Cantei, brinquei

Ôôôôô sinal verde
Vivo a sonhar
No vermelho improviso
Pra faturar
Piorou…
Dou um jeito de melhorar
Sou esquecido
Sem um lar perfeito
Mas esse chão é meu lugar
No asfalto sou folclore popular

Deixe o amor florescer
Queremos paz, Portela
Sonhar, ter esperança
Um paraíso na passarela

SAMBA DE EDSON BATISTA



Compositor:
Edson Batista
Intérprete:
Leonardo Medina

Sob as bênçãos de Monã
De sua ira
Irin-Magé sobreviveu
A volta do pajé
Com sua mulher
Foi para cumprir uma missão
Repovoar a terra
E a ela proteger
Muitos filhos
Um deles se destacou
Mairamuana
O herói-civilizador
Com seus poderes
Sobrenaturais
De grande valia
Aos tupinambás

O céu azul
Reflete o brilho do mar
Guanabara linda
Encanta o olhar
Aldeias de outrora
É o rio que se vê
Dos bravos índios
Que lutaram por você

Na lendária taba Karióka
No berço-rede
Crenças e tradições
De um eterno
Ritual sagrado
Irradiando energia
E proteção
Aos guerreiros
De uma nova geração
Com marakás
Flautas e tambores
Lindas melodias
A seduzir o luar
Dos deuses a permissão
Para brindar
Vou provar da
Bebida sagrada
Festa na aldeia
Até o dia clarear

Guajupiá é a terra
Que acalma

Purifica a vida
E a alma

Lá vem Portela
Com seus caciques
De Madureira

Em cena a tribo
Azul e branca

Pra sacudir
E levantar poeira

PARCERIA DE MARQUINHO DINIZ



Compositores:

Marquinho Diniz
Caixa D’Água
Evandro de Irajá

Rosania Alves, Nakamura
Jorge Remédio, Lages
e Jayme Cesar

Intérpretes:
Nêgo e Ciganerey

Abá tá indé?
Tenho sangue
De índio nas veias
Com orgulho posso afirmar
A avenida hoje vai balançar
É um momento de reflexão
Não dá pra imaginar
Que um novo dilúvio
Ainda pode chegar
Se o auê acontecer
E o fogo descer do céu
Meu espelho é Irin-Majé
Pajé do mel
Quero um filho Karaíba
Igual Maíramuana
Fazer brilhar
Uma nova estrela
Na Majestade do Samba
Que a gente ama

Na beleza desse azul
Me acalmei (ôô)
Explorando suas matas
Teus riachos
E cascatas me apaixonei
Braços abertos
A cidade continua
Maravilhosa
Até quando não sei

No meu Okara
A Baía da Guanabara
Foi tomada por arranha céus
Causando indignação
Com as mãos da ambição
Na febre do vil papel
Pro Karioka nascer
Aas mães diziam assim
Chememburia Rakuritim
Chememburia Rakuritim
Trago a bebida dos Deuses
E vamos comemorar
Um vinho bom amor
Jamais pode faltar
Kauí na cuia do Tupinambá

Aê, aê o homem
Branco semeou

Aê, aê fez brotar
A nossa dor

Convido Eiraia, Maracanã
Peixe Pirá
Chegou Guirá Guaçú
Eu sou a tribo Águia Altaneira
Que vem de Oswaldo Cruz
E Madureira

Lutarei por ti… Portela
Vamos proteger…
Meu Guajupiá

Tem ritual na aldeia
A Tabajara rufa o tambor
Ao Deus Tupi Monã
Nosso protetor (ôôô)

PARCERIA DE EDYNEL



Compositores:

Edynel, Marcos Lauriano

Waldir Guimaráes
Cândido Gylnei Bueno

Diego Natural, Arnaldo
e Clovis Santos

Intérprete: Pixulé

Sob o manto
Sagrado da Portela
Sou mais um guerreiro
Da tribo Tupinambá
Karioká desde quando
O Rio de Janeiro
Era formoso “Guajupiá”
Paraíso verdejante
Abençoado por Monã
Com maestria
O rufar do meu
Tambor anuncia
Hoje tem festa na aldeia
A Tabajara é
O meu “Muirakitã”

Vejo brotar
Em teu ventre
A esperança

Herança de
Nossos ancestrais

A Guanabara
Esbanjando exuberância
Um eldorado
De riquezas naturais

Cunhatã maravilhosa
Em águas claras
Venha se banhar
Quero sentir a doçura
De um sorriso
Na pureza
Do seu meigo olhar
Celebrando a alegria
Não pode faltar cauim
Viajo em busca de um tempo
Que não deveria ter fim
Desejo… Um rio
De guerreiras emponderadas
Valorizadas
No labor do dia a dia
Ver nossa gente
Em comunhão
Sem distinção
Dar um basta na agonia
Desfrutar de segurança
Cultivar a inocência
De uma criança
Resgatar toda beleza
Como era nos primórdios
Em respeito à natureza

A missão é preservar
E cuidar com mais amor
Aprender a dar valor
Para não se arrepender
Ouça o apelo
Eu sou a Águia

A luz do amanhecer

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