Compositores:
Paulo Cesar Feital
Henrique Hoffmann
Andinho Samara STS
André do Posto 7
Jefferson Oliveira e
Ronaldo Fininho
Intérpretes:
Nêgo e Igor Vianna
Firma ponto no Juremá
Pro corpo fechar
Patuá e Ladainha
Risca pemba no chão
Tem erva
Farinha e facão
A vida é rinha
Ginga de Angola ancestral
Falange, Ogã, berimbau
Besouro…
Saravá… Serrinha
Canta o justiceiro vingador
Que Mestre Alípio ensinou
O negro há de se orgulhar
Filho de faísca
É fogo…
Se entra no jogo
É pra incendiar
Camará… Mangangá
Toque de Cavalaria
Camará… Mangangá
Não aceita tirania
Se quebrar
Pra São Caetano
O cativo azeda o mel
Negro feito na cabaça
Não se rende a Coronel
No Tucum
O fim da vida
Finda a vida
Nasce a luta
E o revide do pretume
Idalina força bruta
Amazonas valentia
Salve Manoel Pereira
Meia lua de caboclo
Rabo de arraia
É pedreira
Não chore não meu mano
Que eu volto já
Contra toda intolerância
Sou Exu de Oxalá
Não chore não meu mano
Que eu volto já
Hoje o Rei da Resistência
Capoeira quer jogar
Bate marimba Camará
Camugerê Paticumbum
Sou eu Império
Da Patente de Ogum
Compositores:
Paulo Cesar Feital
Henrique Hoffmann
Andinho Samara STS
André do Posto 7
Jefferson Oliveira e
Ronaldo Fininho
Intérpretes: Tinga
e Zé Paulo Sierra
Firma ponto no Juremá
Pro corpo fechar
Patuá e Ladainha
Risca pemba no chão
Tem erva, farinha e facão
A vida é rinha
Ginga de Angola ancestral
Falange, Ogã, berimbau
Besouro…
Saravá… Serrinha
Canta o justiceiro vingador
Que Mestre Alípio ensinou
O negro há de se orgulhar
Filho de faísca
É fogo
Se entra no jogo
É pra incendiar
Camará… Mangangá
Toque de Cavalaria
Camará… Mangangá
Não aceita tirania
Se quebrar
Pra São Caetano
O cativo azeda o mel
Negro feito na cabaça
Não se rende a Coronel
No Tucum o fim da vida
Finda a vida nasce a luta
E o revide do pretume
Idalina força bruta
Amazonas valentia
Salve Manoel Pereira
Meia lua de caboclo
Rabo de arraia é pedreira
Não chore não meu mano
Que eu volto já
Contra toda intolerância
Sou Exu de Oxalá
Não chore não meu mano
Que eu volto já
Hoje o Rei da Resistência
Capoeira quer jogar
Bate marimba Camará
Camugerê Paticumbum
Sou eu Império
Da Patente de Ogum
Compositores:
Alípio Carmo, Franco Cava
Bujão, Fernando Barbosa
Fábio Barbosa e Jorge Quintal
Intérpretes: Tuninho Júnior
e Pitty de Menezes
Besouro
Santo Amaro da Bahia
Corta o céu
Sobe a Serrinha
“Meia-lua” de Aruanda
“Jongo” de dentro
No passo do mestre-sala
Mironga, rabo de arraia
“Angola” vence demanda
Lá na encruza
Foi Exu quem ensinou
Jogo, mandinga
“Martelo” de Xangô
Arranca toco
Saravá seu Ventania
Sou flecha de Araúna
Que derruba a tirania
Corpo catiço
Guerreiro dos Orixás
Sou folha da Gameleira
Que o vento leva
Pro cais
Mangangá
Não leva rasteira
Filho de Ogum
Adia o juÍzo final
É de Palmares
O sangue da capoeira
Corre na veia
Do povo do Bacurau
Berimbau agita
Navalha grita
Desperta Jurema
Não tem farda
Que eu não
Saiba enfrentar
Sou negro brabo
Valente, trabalhador
Zum zum zum
Cordão de ouro
Mestre Alípio batizou
Tombou na tocaia
Morreu rebeldia
Foi traição
Madeira, feitiçaria
Chora viola
Adeus Katendê
Na Maracangalha
Se encantou para viver
Numa cantiga
De roda mirongueira
Na ginga de Mano Décio
E de Silas de Oliveira
Abre a roda Camará
Bate marimba
Bananeira vou plantar
No olhar de Amaralina
É pé no vento
Mão na terra
E no tambor
Meu Império, Camará
Vem no “toque do agogô”
Compositores:
Aluísio Machado, Carlos Senna
Renan R. Valença, Ambrosio de Deus
Carlitos Bahiano e Beto BR de Souza
Intérpretes:
Marquinho Art’Samba e Diego Nicolau
Exu dá caminho
E fecha o corpo
Faz do meu
Cordão de ouro
“Patuá” contra Egun
Flecha certeira
De Caboclo é navalha
Sou besouro de batalha
Lado a lado de Ogum
Xangô… Oxê justiceiro
Couraça de sangue
Preto no jogo
De Angola
Nem se atreva
Preconceito
Que o nego dá de sola
Quer documento?
Dou valentia
Toque de cavalaria
Enfrenta o regimento
Vem opressão
Eu vou “sem braço”
E vai rasteira
O cativeiro
Não tem voz
Em Madureira
Camará, Camará
Quebra o côco
No Jongo
Mangangá, Mangangá
A Serrinha
É quilombo
A pele brilha
Na Idalina
O corpo fala
A Casagrande
É pequena
Pra senzala
O pranto rola
Vendo irmão
Sendo carrasco
Mas capoeira dobra
O touro e traz
No casco
Voei nas terras
De Maracangalha
Hoje a escravidão
Ainda é tocaia
E a luz
Da resistência
Entidade
Abri o livro
Que o Brasil
Não quis contar
O meu Império acende
A chama da verdade
Pra me eternizar
Herói da liberdade
Bate marimba
Toca ê marimba aê
Berimbau, agogô
Meu samba é batuquegê
Imperiano não
Se entrega
Sem lutar
Volta Reizinho
Incorpora Camará
Compositores:
Lúcio Moraes, Luizinho Mendes
Solano Santos, Paulo Ribeiro
Rafael Gonçalves e Mano Gaspar
Intérprete: Ciganerey
No fogo, no ferro
Nas ervas de axé
Um corpo fechado
Pelos Orixás
Exú há de guiar
O Capoeira
Mais temido do lugar
Mirongueiro
Do Recôncavo baiano
Combatendo os tiranos
Luta contra opressão
Rabo de arraia
Preto chora a liberdade
O engenho ainda moe
A dor do irmão
É besouro
Cordão de ouro
No pescoço patuá
Resistência de herói
A guerrear
Ê Mangangá
Um golpe de meia lua
Na face da Abolição
Que maquia
A escravatura
É magia
Que cega os olhos
O vulto de homem
Que vira poeira
É bala
Que não lhe mata
Mata que vira
Trincheira
Mas não resistiu
A faca traiçoeira
Corte de Tucum
Sangra o Capoeira
Chora o berimbau
Por traição
Do pranto
Fez-se encanto
Meu enredo
Um samba de roda
Serrano, valente
Sem medo
Abre a roda, Camará
Joga de Angola
Pandeiro e berimbau
Viola…
Besouro preto
Que nunca aceitou
Argola
O meu Império
É retrato
Da sua história
Compositores:
Quinzinho, Samir Trindade
Elson Ramires, Lopita 77
Beto Rocha e Bello
Intérprete: Quinzinho
Participação Especial:
Xande de Pilares
Rei da Ginga
De Exu, capoeira
E a bênção de Xangô
Capoeira
Meia lua de Ogum
Capoeira
Berimbau quem te chamou
Não bambeia
Manoel Henrique Pereira
Valente Besouro
Cordão de ouro
Mironga, Angola, Camará
O seu pai foi caboclo
Sua mãe Iabá
Coragem nasceu rebeldia
Contra a tirania
Rasteira liberdade
Lutou o (nosso herói)
Pela honra do seu povo
(Nosso Herói)
Dos ancestrais
Vingou a dor
Rabo de arraia
Ao som do agogô
Rei da Ginga
De Exu, capoeira
E a bênção de Xangô
Capoeira
Meia lua de Ogum
Capoeira
Berimbau quem te chamou
Não bambeia
Entre navalhas
Balas e facões
Ressoa o toque
De Idalina
O corte de tucum
Revela a traição
Maracangalha
Testemunha a covardia
Voa meu cordão de ouro
Dança besouro Mangangá
Ilumina o meu Império
Nessa roda
É o seu mistério
Que me faz cantar
Repousa em folhas
Alecrim…
Minha Serrinha
Te evoca assim
Compositores: Zé Paulo da Viola
Hamilton Fofão, Celso Marinho do Jongo
Paulinho Valença, Marcão da Serrinha
Russo, Leandro Maninho, Gabriel Nunes
Marcelo Ramos, Silas Augusto, Popeye
Zé Português e Elmo Lage
Intérpretes:
Vitor Cunha e Ítalo Costa
Na luta e na dança
Lições do passado
Estão na lembrança
Os pretos marcados
Tem a proteção
Dos seus Orixás
É cordão de ouro
É corpo fechado
Reage no Oxê de Xangô
E vence batalha
Golpeia que filho
De Ogum não
Pode apanhar
Confia no brilho
Da lua cheia
É mestre Alípio
Lançando um olhar
De lá…
Respeita o toque
Do berimbau
E vinga seu povo
Dessa rasteira
Ensina “Sinhô”
E jagunço que
A força do mal
Não vence na roda
De capoeira
Ê… Camará
Chama pra jogar
Na ladeira
Laroiê, seu sentinela
Tem mandinga na favela
O bom mandingueiro
Valente guerreiro
Voando nos saltos
Sumia na mata
De “morte matada”
Ele não morria
Dançava no ar
Bala não temia
Mas o destino é assim
Resolveu dar um fim
O herói fez sangrar
A traição pela
Faca de tucum
Transformou em ladainha
E poesia
“Calça culote
Palitó almofadinha”
Virou samba na Serrinha
Pro Império encantar
Hoje o couro vai comer
Saravá povo da gira
O terreiro vai tremer
Vendo o dia clarear
Abre a roda na clareira
Pro capoeira gingar
A lapinha mais formosa
Tem besouro Mangangá
Compositores:
Marcelo Adnet, Baby do Cavaco
Gustavo Albuquerque
André Carvalho, Fabiano Paiva
Bruno Zullo, Thiago SP
Pedro Machado, Gabriel Machado
e Camilo Jorge
Intérprete: Wander Pires
Sou preto
Que não teme autoridade
De quem oprime
Pela cor da identidade
Raízes eu herdei
Do continente
Onde arrancavam gente
Dos braços da liberdade
Verga biriba
Pro arame dar toada
Jogo na roda
Minha ginga mandingueira
Rasguei o céu
Cruzando canaviais
E pra cada capataz
Fui a força justiceira
Besouro cordão de ouro
Da Falange de Ogum
O patrão se apavora
Quando ouve zum zum zum
Pode abrir fogo, doutor
Sua ira não me alcança
Pé descalço
Aponta a esperança
Voando além
Do juízo final
Na tocaia de tucum
Virei poeira
Capoeira, carnaval
Devolve meu berimbau
Vamos seguir os tambores
Enfrentar a velha mentira
Diante de novos feitores
Desce o morro
Camará
Vem honrar
Nossa bandeira
Meu Império Mangangá
De Madureira
Levanta do tombo
Antes de tocar o chão
É hoje a noite
Da coroação
Compositores:
Márcio André, Tem-Tem Jr.
Turko, JotaErre, Maradona
Fabio Souza, Daniel Katar
Rafa do Cavaco, Mingalzinho
Vaguinho e Gigi da Estiva
Intérpretes:
Bruno Ribas e Tem-Tem Jr.
Abre a roda
Tem toque de Angola
Na Serrinha
Madureira é capoeira
Mostra a sua valentia
Tem o seu corpo fechado
E a guarda de Exú
O axé dos Orixás
Vem das mãos das Yabas
No oxê é de Xangô
Ordena “seu”
Arranca toco
A navalha
É a flecha
Do Caboclo
No peito o escudo
A forja de Ogum
É zum zum zum
Vai guerrear
É zum zum zum
Bênça Camará
Ê berimbau cavalaria
Segura a pemba
Que chegou
O besouro da Bahia
Não se curva
Pra “Sinhô”
Se “quebrar” pra Caetano
Ele tira até a pena
Justiceiro e vingador
Esse era o seu lema
Idalina ressoa
Pras bandas
De Maracangalha
Na carta ao portador
A derradeira batalha
Balas não podem deter
O protegido de Ogum
Fora quarenta homens
Contra um
A traição
Veio da faca de tucun
É na palma da mão
Que eu quero ver
Tem agogô
Pandeiro e viola
Vem dos mestres do Arerê
Já virou samba de roda
Mirongueiro
Bom não morre
Vai viver na ladainha
Por favor
Mano não chore
Quando eu morrer
Me enterre na Lapinha
Aê besouro
Besouro preto Mangangá
Cordão de ouro
Bate marimba
Meu Império vem aí
Capoeira…
A poeira vai subir
Compositores:
Manu da Cuica, Wagner Guerra
Luiz Carlos Máximo, Victor Rangel
Cremilson Bico Doce e Edmar Jr.
Intérprete:
Cremilson Bico Doce
Berimbau
Chamou pro jogo
Mandingueiro
Risca o chão
Vem aí Mestre Besouro
Flecha de Caboclo
Tira pena de pavão
Maculelê
Chapéu de couro
Mironga do povo
Dá banda em capitão
Foi Ogum quem soprou
“Meu filho Mangangá
Vidas pretas importam
Ê, ê, Camará”
Santo Amaro, Serrinha
Em todo lugar
Zum, zum, zum, zum, zum
Chega de tombar mais um
O tambor Caxambu
É besouro
O suor da estiva
É besouro
Uma escola de samba
É besouro
A coroa do Império
É de ouro
Exú ensinou pisar
Chão de encruzilhada
Com oxê de Xangô
Foi vencer cobra criada
O capoeira avoa
Em folhas de agué
No recôncavo das mãos
Guarda todo o subaé
Ôôô, mas o corpo fechado
No cordão…
Ôôô, foi traído
Na ponta do facão
Avisa lá aos da tocaia
Que besouro é multidão
Abre a roda, Maracangalha
Quem canta firma
Um ponto de libertação
Olha quem chegou
Chegou, deixa chegar
Baixou na Lapinha
O Rei da Bahia
No pé do gongá
Trouxe os “camarada”
Armou a batucada
Vadeia Ioiô
Vadeia Iaiá
Vadeia Ioiô
Vadeia…
Compositores:
Arlindinho Cruz, Sidney Myngal
Maykon Rodrigues, Júnior Diniz
Alexandre Rivero e Felipe Mussili
Intérpretes:
Emerson Dias e Lucas Donato
Serrinha
Piso forte
Em seu terreiro
Nessa roda de jongueiro
Canto minha ladainha
Laroyê…
Sentinela abre o jogo
Que Ogum
Guarde meu corpo
E me livre do ticum
Eu sou Besouro
Dono do cordão de ouro
Da “navalha” de caboclo
Mangangá que mata um
Meu sangue é justiceiro
Ginga, minha essência
Quilombola
Nêgo valente
Mandingueiro
Mestre mandou
Entrar na roda
Ê, camará
Vacilou, leva rasteira
Meia lua de compasso
Me esquivo da ponteira
Respeite o meu quintal
Dou martelo
Dou tesoura
Etcetera e tal…
Mesmo perseguido
Defendi os excluídos
Combati a opressão
E num ato covarde
Fui vencido
Chorou o berimbau
A traição…
Hoje sou chama
Que o ódio
Não apagará
Reizinho…
Salve os heróis
Da liberdade
Ser imperiano
É diferente
Tem que respeitar
A nossa patente
Joga, capoeira
O Império que chamou
Ginga, capoeira
No balanço do agogô
Sou resistência
Raiz do meu lugar
Pouca coisa aqui
Não vai me derrubar
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.