Compositores:
Gustavo Clarão
Arlindinho Neto
Júnior Fraga
Claudio Mattos
Thiago Meiners e
Igor Leal
Intérprete:
Evandro Malandro
Boa noite moça
Boa noite moço
Aqui na terra
É nosso templo
De fé
(Fala Majeté)
Faísca da cabaça
De Igbá
Na gira
Bombogira, Aluvaiá
Num mar de dendê
Caboclo, andarilho
Mensageiro
Meu povo firma
Ponto no terreiro
A voz de Palmares
Zumbi Agbá
Exu… O ifá
Nas entrelinhas
Dos Odus
Preceitos
Fundamentos, Olobé
Prepara o padê
Pro meu axé
Exu caveira
Sete saias
Catacumba
É no toque
Da macumba
Saravá, Alafiá
Seu Zé, malandro
Da encruzilhada
Padilha
Da saia rodada
Ê Mojubá
Sou capa preta
Tiriri
sou Tranca Rua
Amei o sol
Amei a lua
Marabô, Alafiá
Eu sou do carteado
E da quebrada
Sou do fogo
E gargalhada
Ê Mojubá
Ô luar, ô luar
Catiço reinando
Na segunda-feira
Ô luar…
Dobra o surdo
De terceira
Pra saudar
Os guardiões
Da favela
Eu sou da Lira
E meu bloco
É sentinela
Laroyê
Laroyê, Laroyê
É poesia na escola
Ou no sertão
A voz do povo
Profeta das ruas
Tantas estamiras
Desse chão
Laroyê
Laroyê, Laroyê
As sete chaves
Vem abrir
Meu caminhar
À meia noite
Ou no sol
Do alvorecer
Pra confirmar
Adakê Exu
Exu ê Mojubá
Ê Bará ô, Elegbará
Lá na encruza
A esperança acendeu
Sou Grande Rio
E Grande Rio sou eu
Adakê Exu
Exu ê Mojubá
Ê Bará ô, Elegbará
Lá na encruza
Onde a flor
Nasceu raiz
Eu levo fé
Nesse povo que diz
Compositores:
Myngauzinho
Danielzinho Poeta
Divoney Perasa, RoBel
Max Lopes e Chanel
Intérprete:
Evandro Malandro
Que vento é esse
Que descruza
Os caminhos?
Rastro de redemoinho
Faísca vem pra queimar
Chegou pra trabalhar
Espuma que ferve
A maré
Carrega o axé
No Ayê
O mar é cabaça
De dendê
Corre gira
De Caboclo
Alumia a estrada
Chão de terreiro
Na esquina
Encruzilhada
Toca o sino
Da igrejinha
O grito de liberdade
Faz de mim batalhador
Exu-Palmares
Um punhado
De tempero
“Trago” um pouco
De fumaça
Troco o destino
Por um gole
De cachaça
Oferendas no mercado
tabuleiro de Ifá
Epá Exu, Exu Epá
Epá Exu, Exu Epá
Deu meia-noite
O galo canta
Na calunga
A boemia desce
O morro pra versar
Bambeia, Não leva
Rasteira
Malandro
Feito Caveira
Tranca rua, Mojubá
Ê Bombogira
Toca o surdo
De terceira
Sete Liras, Saravá
Sou eu, sou eu
A palavra que devora
Sou Exu
Do quadro negro
Como ensina
A minha escola
De garfo e farrapo
A rainha da ralé
Ele pode não ser
Santo mas diabo
Ele nao é
É pé na porta
Catiço, feitiçaria
Vela que não se apaga
Na força da ventania
Fala Majeté
Ina Ina
Grande Rio
É o meu gongá
O santo desce
O corpo balança
Arrepia…
Ninguém segura
A falange
De Caxias
Compositores:
Licinho Jr.
Marcelinho Santos
Competência
Regis, Ruth Labre
e Danillo Aguiar
Intérprete:
Evandro Malandro
O dono da rua
Quem é?
Fala Majeté
Pinga fogo no pavio
Bombogira
Lonan, Bará
Elegbara
Mavambo Legba
É Grande Rio
“Laroiê”…
Aluvaiá mar de dendê
Poeira…
Feitiço e reza
De toda segunda-feira
Igbá Ketá
Olobé, Zumbi
Quem oferta a elebó
Fortalece o seu axé
Sopra o vento
Da cabaça
No mercado de Ifé
Salve o Rei
Da encruzilhada
Seu Tranca Rua
Quem comanda
A minha estrada
No clarão da lua
Dos malandros
E navalhas
De rainhas
E Padilhas
Nos marafos
E cigarras
Que desarmam
Armadilhas
O palco
No asfalto reflete
Odara
O trapo a lira
O desejo mundano
Na ginga do morro
Exu se mascara
Reina Deus ralé
Vive ser humano
Lá vem ele
Descalço de capa
E cartola
Ensinando o que
A gente não aprende
Na escola
Mulambo sou eu
E ela profetas
De todo caos
Sou do lixo
Sentinela
O princípio
E o final
Ê seu moço
Que desafiou
Meus guias
No chapéu que une
O samba a resposta
De Caxias
Laroyê Exu
Laroyê êa
Sete chaves
Na mão certa
Porta aberta
Pra entrar
Laroyê Exu
Laroyê êa
Sete chaves
Na mão certa
Grande Rio
Saravá
Compositores:
Myngau, Gabriel Simões
Mateus Pranto, Andréia Araújo
Tiago Testa e JF Mussili
Intérprete:
Evandro Malandro
No assentamento
Quem é feito
Na cabaça
Vela acende
Ferro em brasa
Risca a pemba
No terreiro
Na porteira
Dando sua
Gargalhada
Da Calunga
Fez estrada
É Exu
O mensageiro
Feito grito
Da Falange
De Palmares
Corre gira
Nos lugares
Resistência
De Ifá
A Olojá
Do engenho
O legado
Passa régua
No marafo
Põe pimenta
No alguidar
Ô, luar
Seu tranca-rua
Na encruza
É capitão
Ô luar
Ela é ponta
De agulha
Ela é Pombogira
Seu marabô
(Mojubá)
Quem tem
Sua capa escapa
(Mojubá)
Ê, malandragem
Lá no Cabaré da Lapa
E onde Zé
Faz a morada
Nada pode derrubar
Ele é Odara…
Rei da lira
Pelos blocos
E cordões
É energia
Manifestação
Palavra para
O mundo recriar
Mulher
No lixo fez
Seu trono
Ela é rainha, ela é
Maria Mulambo
Fala, Majeté
“Boa noite, moço”
Mojubá, Laroyê
A Grande Rio
Tá fervendo
O dendê
Lá vem Caxias
No romper
Da madrugada
Saravá…
Seu Rei da Noite
E das sete
Encruzilhadas
Compositores:
Deré, Robson Morateli
Rafael Ribeiro e Toni Vietnã
Intérprete:
Evandro Malandro
Fala Majeté
Caminheiro
Da Mumunha é Bará
“Está mira”
É testemunha
De Eleguá
Rodopio na encruza
Baixa Majeté
Mergulhado
No oceano de dendê
Ser tão santo
E tão humano, Laroyê
Pele preta
Alma cafuza
Trouxe o bornal
E a Catana
A “tabatinga”
Africana nos pés
Tem a malícia
Da Suçuarana
E a delícia
Dos batuquejés
É ele o cabeça
Mor de Palmares
Aquele de tantos
Altares
Em nenhum lugar
Foi achado
Da troça
Na pirambeira
A galhofa na feira
Que rege o mercado
Olha casa sem porteira
A porteira sem tramela
Na caiana, capoeira
Com dono que mora nela
Olha casa sem porteira
A porteira sem tramela
Na gira da favela
Adaguê
Mavambo, Aluvaiá
Bombonjira ê
Bombonjira
Pelintra
Da gota serena
Duque de dezena
Com seu Tranca Rua
Padilha
Do samba rasgado
O bloco lotado
Um beijo na lua
De tinta e de sangue
Dão nome
A boca que tudo come
Da lira, Molambo
Lonã, Marabô…
No lixo
Na rapa do tacho
Do Jardim Gramacho
Estamira é a flor
Fon Elegbá
Jejê Aleju
Ina Ina Mojubá, Exu
Por Santo Antônio
Amansador
De burro brabo
Quem mexer
Com a Grande Rio
É melhor
Tomar cuidado
Compositores:
Elias Bililico
Dinho Artigliri
Henrique Tannuri, Kaká
Eduardo Queiroz e
Marco Moreno
Intérprete:
Evandro Malandro
Laroyê Exu
Ê Mojubá Igbá Ketá
O princípio
Em movimento
Calunga Grande
De lá pra cá
Fez a gira girar
Confirmando
O fundamento
Zumbi, a voz
De Palmares
Se propagou
Na força que mantém
Nossas raízes
O guardião
Que alivia a dor
Caboclo bom mensageiro
No catimbó feiticeiro
Rege o destino no Ifá
Na prosperidade, Olojá
Bota dendê no padê
Pede pra te proteger
É hora de agradecer
A quem te guia
E firma ponto
Meia-noite, meio-dia
Bate paô, Caxias
Ê madrugada
Enluarada
Pra fazer fumaça
Pra bebericar
Na encruzilhada
Tranca Rua é rei
Tem mironga
Em cada gargalhada
Padilha, Molambo
Navalha, Cigana
Tiriri, Zé Pilintra
Marabô
Sete da lira
Na magia do riscado
Seduzindo com gingado
No batuque do tambor
Exu é arte
E poesia
Traz a energia
Pra fortalecer
A esperança
De tantas “estamiras”
Onde a sociedade
Finge que não vê
Fala, Majeté
Canta, Majeté
No mistério do além
A falange que confio
Nesse terreiro
Meu destino
Foi traçado
Lá vou eu
Incorporado por amor
A Grande Rio
Compositores:
Rita Ribeiro
Juarez Amizade
Zé Maria, Filipe Gomes
e André Sapucaí
Intérprete:
Evandro Malandro
Fala, Majeté
Me chame
Como quiser
Pelos caminhos
Do Ifá
Levo os segredos
Da fé
Nos barracões
E nos terreiros
Sou o primeiro
A chegar
Rendo bençãos
Pra Oxalá
Sou mensageiro
Do seu Orixá
Saravá, saravá
Saravá
Destranco nós
De encruzilhadas
Das sete chaves
Sou guardião
De cartola
Com laço de fita
Chapéu panamá
Tenho búzios nas mãos
Eu sou Exu
Laroiê Mojubá
Osijê, Obá Babá
Não me confunda
Com seus desejos
Taco fogo no braseiro
E não venha me culpar
Vencedor de demandas
Em qualquer
Canto posso estar
Sou do sol
Sou da lua
Vejo a vida
Nua e crua
Na malandragem
Estou na rua
Faço festa
De corpo inteiro
No carnaval
Quero brincar
Joguei as cartas
Na mesa
Um segredo
Vou revelar
Vai dar Grande Rio
Em primeiro lugar
Quebrando tabus
Quebrando quebrantos
Vai dar Grande Rio
Em primeiro lugar
Vou colorir
Esta avenida
De verde, vermelho
E branco
Alô Caxias
Cadê meu gole
Acende uma vela
Pro santo
Quem não acredita
Pode apostar
Compositores:
Carlinhos Fiscal
Marina Rui Brasil
Sérgio Bebeto Romano
Luiz Renato Zanco e
Rosali Ahumada Carvalho
Intérprete:
Evandro Malandro
Itan é fé
Salve a coroa
Ancestral axé
Chamei no padê
Exu louvei no xirê
Laroiê é Mojubá
Nos caminhos
Do mundo a girar
A voz do saber
Leitura do Ifá
Guarda em segredo
No seu Igbá
No clamor
Da liberdade
A energia
Que emana
Em Palmares irradia
Entre atabaques
E adobás um Oriki
Bará é rei a resistir
Eternamente Zumbi
Na mata o caboclo
A flecha certeira
Madeira é carranca
Navega em dendê
A chave do Arê
Na cruz estradeira
Abrindo passagem
Pro meu canjerê
Quando toca o tambor
Galo canta na campina
Exu pede uma prenda
Vai cumprir a sua sina
Ouço o toque do tambor
Gargalhadas pelo ar
Ele cobra a oferenda
Prometeu tem que pagar
Paga pra ver
Carta na manga
Ou na mesa?
Paga pra ver
Guardião de infinitas
Facetas
Da Lapa boêmia
De tantas orgias
Da ginga da lira
O verso ao luar
O transe no semblante
Cantigas e rezas
Para curar
Candor de uma flor
No lixão
A verdade confunde
A razão
Inspira o artista
A cair na gandaia
De terno branco
E chapéu Panamá
Pega Maria Navalha
E vêm pra avenida
Sambar
Estamos ligados
Total sintonia
Grande Rio eu sou
Pura magia
Fala Majeté
Quem é você?
Ha, ha, ha, ha
Não preciso dizer
Compositores:
Carlos Senna, Jotta Senna
Almir da Adega, Reis e
Delson Patricio
Intérprete:
Evandro Malandro
Laroyê
Salve o dono da rua
Ê Mojubá
Bombogira, Aluvaiá
Laroyê
Sentinela sob a lua
Ê Mojubá, Elegbará
Majeté, fala a voz
Da liberdade
Verde encanto
Cada canto
Que Palmares entoou
Nó de toda
Encruzilhada
Pé na porta
Pé na estrada
O Senhor dos Caminhos
Das entradas
Calunga ê, Oduxô
Tenda de Sinhô
Venda de Sinhá
Osijé Ebó
Oferenda
Venda de Sinhô
Tenda de Sinhá
Osijé Ebó
Preceito
Seu moço
Seu Zé
Mulambos, Marias
Malandros, Padilhas
Não bambeia
Não bambeia
No fio da navalha
Clareia, clareia
Quem me protege
Não falha
Chapéu Panamá
A ginga no pé
Riscando o terreiro
Ao som do afoxé
Curto pavio
De ladainha
“Ser-tão” aprendiz
Na travessia
Que abre as portas
Pra recriação
O tronco e a raiz
A tranca e a chave
Transformação
Só a Grande Rio
Expulsa a tristeza
Só a gente entende
Nossa “ligação”
Fiz de retalhos
Caminho de vida
Exu de frente
Caxias no coração
Compositores:
Levi Dutra, Carla Santiago
Rodrigo Gomes e Odir Junior
Intérprete:
Evandro Malandro
Mojuba Exu Laroyê
É princípio
Tem poder
Mensageiro
De Obatala
Prepare o pader
Um mar de dendê
Ê Odara
Sete chaves
Nas encruzilhadas
A força que faz
O mundo girar
Axé pedido na vela
No toque
Do atabaque o xirê
Salve o Senhor
Da madrugada
Com a sua gargalhada
Vem me proteger
Bara Bara
Bara Barabô
Bara Bara
Bara Barabô
Exú é Zumbi
Guerreiro na batalha
A voz de Palmares
Que não se calou
Engenho Velho
Seu lugar
Meu canjerê
Quem pagou pra vê
Recebeu o quê
Brilho o sol
As estrelas e a lua
Salve o dono gira
Saravá seu Tranca Rua
A ê Bombogirê
Bombogirá aê
Uma luz na escuridão
Malandro
Rei da boemia
Troca noite pelo dia
Vai ganhar seu coração
Carnaval de liras
E cordões
Rainha fala Majeté
Do lixo ao luxo
Arte essência
E samba no pé
Vai clarear
Um novo dia
Nessa magia
Peço proteção
Exú guia
O povo de Caxias
Com Grande Rio
A força desse chão
Compositores:
Flavia Saolli, Cici Oliveira
Lívia Santana, Márcia Rocha
e Dona Maria
Intérprete:
Evandro Malandro
Quem sou eu?
Sou a energia
A te encantar
Com a negritude
Eu cruzei o mar
Ao desembarcar
Me transformei
Zumbi…
Em seu Ori
Fui valente
Guerreiro
Mortal eterno
Brasileiro
A chama
Ainda arde
Na busca
Da sonhada
Liberdade
E fez-se
O culto à fé
Casa de Candomblé
No Engenho Velho
Tudo começou
Ao toque do adarrum
Meu nome ecoou
Tocando a vida
Virei mercador
Dono da rua
Faço a lua
Companheira
Na boemia bobeou
Tomou rasteira
Encruzilhada
De Marias e Josés
A malandragem
Imperou nos cabarés
Seu moço senta
Aqui pra conversar
Corta o baralho
Sua sorte vou contar
Sou o samba
Com sete da lira
Brinquei carnavais
A arte
Derruba barreiras
Em mentes geniais
Na xepa, nobre rainha
Queria o mundo mudar
Nos desenganos
Da vida, a vida
A se transformar
Na alma do povo
O sonho não
Vai acabar
Sete chaves
Vou lhe dar
Pra você
Me decifrar
Não precisa
Mais temer
Basta respeitar
Na avenida
Da magia
Lá vou eu
Lá vou eu
Quem é rei
Dessa folia?
Sou eu, sou eu
A Grande Rio
Ofereço meu axé
Cambio Caxias
Quem te fala
É Majeté
Compositores:
Arthur Franco
Wilson Junior e
Herval Neto
Intérprete:
Evandro Malandro
Mar Vermelho fervente
Bola de fogo ardente
Faz o mundo girar
Bombogirê, Bombogirá
Guardião das chaves
Da Terra
Abre as portas
Pra Grande Rio passar
Visão que se repete
Encantada na mata
Olhos brilhantes
Passos na estrada
Palmares, Zumbi
Resistência, Elegbara
Sangue, suor
E Quilombo, Odara
Segredos e lendas
Trocados na praça
Nada se consegue
De graça
Padê de pimenta
Oti na cabaça
Capoeira que some
E não se acha
Navalha que rasga
Navalha que corta
Malandro não vive
Sem Zé
Eterna Lapa
De cravos e rosas
Boemia, samba
Cerveja e mulher
Luar que ilumina
O viver de prazer
Poder da cura
O bendizer
Charuto, capa
Cartola e magias
Marabô, tiriri
E a Falange
Das Marias
Eh, eh, eh
É ordenança
É Capitão
Seu tranca rua
É morador
Do meu portão
Belas travessuras
De máscaras na rua
Cor, picadeiro
Da arte exterior
Alusão que abraça
O ser, teimoso
Em ouvir e ver
A bola que bate
No chão
O toque gingado
É certeiro
Maracatu, Ijexá
Afoxé, Lonan
É mensageiro
Olha a saia dela
É Mulambo só
Vem da lixeira
A criação
Mojubá Exú
Infinita
Transformação
Olha a saia dela
Tem ouro em pó
Laroiê, fala Majeté
Caxias é berço de axé
Compositores:
Paulo Onça, Yedo Simões
Zezinho Cardoso, César Moraes
Peterson Câmara e Cris Maciel
Intérprete:
Evandro Malandro
Laroyê, Laroyê
Mojubá
A Grande Rio
Com sete chaves
Abre a cabaça
De Ibgá… Keta
No princípio de tudo
A grande travessia
Movimento do mundo
O mistério nascia
Abre a porteira
Com o saber
Nó das encruzilhadas
No mar de dendê
No chão desse terreiro
Batalhas, sacrifícios
Gira no mundo inteiro
Entre búzios e guizos
Voz de Palmares
Zumbi ancestral
Mortal eterno
Eminência real
Histórias
Pelejas, adivinhação
Erro vira acerto
Odusor guardião
No Engenho Velho
Ganha força
O Candomblé
Tem traquinagem
Na proeza de Olobé
Noite da Lapa
Malandragem
E Tranca Rua
Padilha ponta
De agulha
Carnaval e afoxé
Sete da lira
Veste toda
A fantasia
Tem a arte da favela
Saravá e muito axé
Todo começo
É recriação e fé
Do manto ao trapo
A desconstrução
Nesse mundo Majeté
Exu é energia
Vida em movimento
É o pulsar da terra
Arte em pensamento
Se a terra tremer
Tremer, tremer
Faz o seu Ariaxé
Exu bate o pé
Mas nunca derruba
Quem nele tem fé
E bota fé
Compositores:
Eduardo Bretas
Bruno Cupertino
Pretto Benezinho
Vinícius Mineiro e
Jorge Pires (O Pagodeiro)
Intérprete:
Evandro Malandro
Chave
Que abre caminho
Vento que sopra
Pedra que rola
Quem sou eu?
Majeté
Quem sou eu?
Rei da encruzilhada
Barão da Gira
Corpo fechado
Resistência na Avenida
Ê ê ê saravá
Alupô, Adakê
Calunga grande
Odoyá
Navego em
“Mar de dendê”
por todo canto
Sou faísca, sacrifício
Corpo-redemoinho
Axé de Palmares
O Odú a sete chaves
Ebó é ona-rerê
Vem lá da tenda
Oferenda a Olobé
Ô Ina Ina…
Deixa o ogan
“invocar”
Malandro Pelintra
“Seu Tranca”
Que “Arranca”
Me leva pra lá
Ô Ina, Ina…
Ina Ina, mojubá
Tambor de curimba
Roda de “Padilha”
No meu Cazuá
Oh luar, Oh luar
Vai meu samba
Correr gira
Pé descalço
“Sete Lira”
Vai vadear
Beber na festa
De Momo
Primeiro gole
Pro santo
Que é santo…
Nem tanto
Exú que levanta poeira
Corteja porta-bandeira
O sustenido da fé
“Arte-catiço” no pé
Agô iê… Ago iê
Enugbarijó
O chamado da rainha
Em Gramacho elebó
O arriar do padê
A capa do orixá
Que Exú lhe dê
Em dobro
Tudo o que me desejar
Laroyê, Onã Exú
Elegbara, Majeté
Odara ê
Mensageiro de Angola
Ponto riscado
Na encruza, sete velas
Do “Ilê Caxias”
Grande Rio, sentinela
Compositores:
Denilson Sodré, Jotaerre
Ribeirinho, Matheus Gladiador
João Rocha e Oswaldo
Intérprete:
Evandro Malandro
Deu meia noite
No clarão
Da madrugada
Giram corpos
E cabaças
Me diga quem eu sou?
A luz que vagueia
Na escuridão
Princípio de tudo
O guardião
Misterioso mar
De dendê
Caboclo
Fogo no chão
Do terreiro
Zumbi encantado
No Ilê
Engenho Velho
Mercado
De catimbeiro
Oh! luar, oh luar
Ilumina a rua
Oh! luar, oh luar
De Odús, Ifá
O bem e o mal
Veneno e a cura
Ina Ina, saravá
Moço
Vou entrar no jogo
Evocar meu povo
É bom me respeitar
Arte, risca o ponto
Ensinamento
No Carnaval
É ginga
É movimento
Egbará Bó
Agô Mojubá êê
Salve pilintra
Os profetas de Exus
Do lixo vi erguer
A realeza
Rainha na corte
Dos Zungus
Hoje a Grande Rio
Incorporada
Bate tambor
Na encruzilhada
Canta seu canto
De fé
Laroyê
Odaraê axé
Fala aê Majeté
Sete chaves de Exu
Sou Grande Rio
E não sou
Qualquer um
Chegou Caxias
No padê e no ebó
Não mexe
Com minha gente
Eu não ando só
Compositores:
João Carlos e Jorge M.O.
Participação Especial:
Felipe Lima
Intérprete:
Evandro Malandro
Exú…
Cambio fala Majeté
Egbá Ketá
Terceiro Ifé
Não pede licença
Pra entrar
E se fez
Caboclo na encruza
Sobrinho de
Ganga Zumba
Senhor
De tantas proezas
Com coragem
E nobreza
Um engenho
Conquistou
Vuco-vuco
Um corpo fechado
Cachimbei
Ancachaçado
Osijê Obá Babá
Sertão
Grande Rio
Um Bamba
Na casa de
Santo Umbanda
Sol e Lua
De Aruanda
Minha paixão
É o Samba
Marias e Ciganas
Mulambo e Navalha
Malandro bate bola
A arte se espalha
Jongo, Marafo
E gargalhada
Tranca Rua
Encruzilhada
Na favela
Quem não come
O lixo
Que mata a fome
Entre trapos
E farrapos
Sou de fato
Sou retrato
Num Jardim
Sem trato
Sou você
Senhor do mal
Ser do bem
Manda mensagem
Do Além
Num sonho
A delirar
Mensagens hão
De chegar
E no Gramacho
Lixão
Se faz
Comunicação
Na voz de
Uma mulher
A revelar
Êh Laroyê
Êh Laroyê
Eu sou da rua
Vim pra rua
Pra sambar
Grande Rio
É meu terreiro
Vem meu povo
Saravá
Compositores:
Leandro Lima, Wagner Rosa
Robson Silva, Ewerton Zéo
Clayton Souza e Douglas Valle
Intérprete:
Evandro Malandro
Cambio Exu
Fala Majeté
Abra os caminhos
Pra Caxias passar
Lonã, Legbá
Eleguá, Bará
É gira faísca
Movimento…
Exu
Se fez caboclo
Pés de andarilhos
Gritos, mitos
A cabeça
De Zumbi, Ori
Corpo fechado
Proezas, pelejas
É Odusô
Akesan, Sigidi
Na encruzilhada
Charuto e cachaça
As oferendas
Que deixei pra ti
Salve o sol
Salve a estrela
Salve, salve
Salve a lua
Saravá
Seu tranca rua
Firma ponto pra Yangi
Malandro Pilintra
Maria Mulambo
Sombras da Lapa
O primeiro gole
É dele
É festa pra Tiriri
Deus
De chinelo rasgado
Ponto riscado
Comunicação
Potência, gingado
Seu sete da lira
O copo na mão
Odara
Carregado de axé
Elebó
Alaketu, Ibarabô
Eleru, Esù
Peço licença
Pra brincar
O Carnaval
Afastando todo
O mal
Quem nos guia
É Olorum
Não se espante
Com essa voz
Que vem do lixo
Pois quem fala
É Estamira
A mensagem a revelar
Do injustiçado
Comparado ao Diabo
Ele é o dono da rua
Laroyê e Mojubá
Hoje a Grande Rio
Veste a capa preta
Pra saudar Exu
Seu padê foi arriado
Meia-noite
Ele é chamado
Pra atender
A qualquer um
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.