PARCERIA DE ANDERSON BENSON (Campeã)

Compositores:
Anderson Benson
Eduardo Medrado e
Kleber Rodrigues

Intérprete:
Victória Tavares

Alto céu
De Tupanã e Yurupari
Duas forças
Que vão fluir
A energia de Monã
Que equilibra
O bem e o mal
Um lugar onde
As pedras
Podiam falar
Onde irmãos
Desfrutavam
A beleza singular
Anhyã…
Bela e habilidosa
Mas a cobra ardilosa
Usa a flor
Pra lhe tocar

E nasce Kahu’ê
O Curumim
De olhos alegres
Sempre assim
Presença tão breve
A ingenuidade
Sucumbe à maldade

Renasce Kahu’ê
O Curumim
Seus olhos alegres
Não têm fim
Pois o bem é maior
Vai reexistir

Vida ligeira
Passageira
Plantada no solo
Da pura emoção
De pele vermelha
Os frutos de uma nação
Vida inocente
Vira semente
E ao som de uma ave
A cantar
Floresce imponente
O povo do guaraná
E se a cobiça
E o fogo chegarem
Na aldeia
Deixa a força
Mawé ressurgir
E sorrir quando
O sol reluzir
Nesse dia eles
Vão temer
E o amor vai vencer

Erê, essa mata é sua
Erê, vem provar doce mel
Waranã da Tijuca
Vem brincar no Borel

PARCERIA DE LEANDRO GAÚCHO

Compositores:
Leandro Gaúcho, Claudio Mattos
Gabriel Machado, Manoel Neto
Clairton Fonseca, Juliano Centeno
Daniel D’Almeida e Thiago Meiners

Intérpretes:
David Assayag e Pitty di Menezes

Sob o clarão
da lua cheia
Evoco a energia
De Tupanã
Espelho do encanto
Da aldeia
Um Mawé
O filho de Anhyã
Quem sabe
Foi seu pranto
Que “apagou”
Curou a terra
Ao suplicar de dor
Do mal de Yurupari
Ao ciclo de Monã
Do ventre vi surgir
A luz guardiã
Kahuê
Enfrenta a serpente
De Nusoken
“Dono da terra”
Não teme ninguém
Reexiste no vermelho
Waranã

Auê, Mawé!
É canto Karaxué
Auê, Mawé!
Herança ancestral
Semente da natureza
Magia de Sateré
Prepara o çapó
Pra começar o ritual

À sombra
De outro dia retornou
Um mito
Que a maldade concebeu
Vermelho cor de sangue
É o que nos resta
Sangra o verde
Da floresta
Quando a mata
Veste breu
Clamo a tribo Brasil
Meu povo Juruna
E Tupinambá
Ecoa um brado
De esperança
Somos todos filhos
Da nação Guaraná
O som que vem
Dos tambores e maracás
À luz de Aruanda
Incorpora os ancestrais
Chama erês
E caboclos ao coração
Da Jurema
Um basta ao homem mal
Que nos condena

Canto Morokye
Tribo tijucana
É flecha viva
Para o sonho verdejar
O grito do Borel
Ainda ecoa
Lanço ao rio uma canoa
Pro futuro preservar

PARCERIA DE DUDU NOBRE

Compositores:
Dudu Nobre, Totonho
Julio Alves, Dudu e Fadico

Intérpretes:
Tinga e Zé Paulo Sierra

Raiou
Tupana tecendo
O horizonte
E viu ao longe
A escuridão de Yurupari
Annhyã-Muasawê
A perfeição no olhar
De Monã
Ao exalar
O perfume da flor
Gerou a semente
Na tez da manhã
Brota às margens
Do igarapé
Fruto da inveja
Do próprio sangue
Sagrado encanto
Da castanha do mirim
Fez a serpente
Se lançar no Kurumin

Auê povo Mawé
Waty testemunhou
A lágrima sentida
Pela dor
Aos olhos de Kauhê
O amor não sucumbiu
Vermelho é a cor
Do Brasil

Sateré Mawé
O guardião
Da essência ancestral
Viu florescer
Waranã Sessé
O elixir original
Kiô Kiô
Nosso brado pela mata
Ê Caraíba
O meu povo
Está de pé
Senhor, que cacique
É você
Sem a força
Da Jurema e a flecha
De Odé?
Por onde
Queimam meu chão
Faz-se a lei
Mais obscura
Índio é dono
Do quinhão
Mesmo sem a escritura
Sou Cauê erê mirim
Mais um filho
Brasileiro
A aldeia incorporada
No terreiro

Sob o céu de Monã
Minha tribo Tijuca
Evoca pra luta
A chama do bem
Resistência fez raiz
Em Galdinos, Raonís
O povo da mata
Não teme ninguém

PARCERIA DE LUCIANO FOGAÇA

Compositores:
Luciano Fogaça
Cecília Cruz e Bruno Cezzá

Intérprete: Ciganerey

Reina no céu
O bem do Mundo
Tupanã, teus raios
Hão de iluminar
Na escuridão
De Yurupari
O mal tentando
Prosperar
Nusokén tuas sábias
Pedras nos revelam
Nas plantas a cura
Rodeada de ambição
Anhyã Muasawê
Encantada sob
Sua proteção
Árvore sagrada
Fruto proibido
Menino doce
Vem brincar

Sob os olhos
De Yucumã
Ukumã’wató
Anhyã chorou

Um grito se ouve
Cai a noite
Invade o luar
Se a morte
A vida convida
A serpente
Vem anunciar
Tupana ê, Tupana
Às margens
Do Rio Maraw
Um choro de mãe
Do céu se ouvirá
Karaxué
Vem com seu canto
A vida recriar
Rega, oh mãe
Com teus olhos
Do fruto da vida
Floresce um Maué
Enquanto o sol brilhar
Um povo reexistirá

Hoje a Jurema
É sagrada
Dia de festa na mata
Dos filhos de Waranã
Pele vermelha
Não tem medo
De Tucandeira
Sou filho da força
Que vem de Monã

Sou Pura Cadência
A reexistência
Dos meus ancestrais
Eu moro no alto
Pertinho do céu
Meu nome é Tijuca
Eu sou do Borel

PARCERIA DE MAURO GAGUINHO

Compositores:
Mauro Gaguinho
Carlos Fareh, Rodrigo Gomes
Pires de Praia Seca
Jessica Souza e Marcelo Magalhães

Intérprete: Serginho do Porto

Das matas
Recebo a força
Do Deus Tupanã
Hoje a minha tribo
É Tijuca
Guiada pelos olhos
Do pavão
O sol do meu afã
Me leva a luta
Se encontra
Com mistérios do luar
Floresta encantada
O bem contra mal
Segredos, fascínios
Magia
O equilíbrio
No cíclo de monã
Belo jardim
Da menina guardiã

Tocaia de serpente
Feitiço de Yuyrupari
O ventre de mãe
Guerreira
Fez gerar um Kurumim
Quem dera o caminho
Não te levasse a dor
As lágrimas corridas
Com a perda desse amor

Ferido pela dor
Dessa maldade
O céu se rasga
Com os raios de Tupã
E toca o coração
De Anhyã
Voando pra felicidade
Planta na beira do rio
Os olhos do seu amor
Rega a semente da flor
Vermelha essência
Riqueza natural
Fonte da mais
Pura energia
Do paraíso ancestral
Sou indio guerreiro
Da fecha certeira
Na minha aldeia
Reina força Kahuê
Divino encantado
Que faz florecer
Ibejada e erê

Canta Tijuca
A energia
Do sagrado guaraná
Meu chão é o Brasil
Reexistência
Em cada lenda
Uma história
Para contar

PARCERIA DE JACY INSPIRAÇÃO

Compositores:
Jacy Inspiração
Henrique Bada, Val Vignolli
Nego Dito, Maurício Santos
Assis da Peixaria e
Edson Português

Intérprete:

Lendas das terras
Ungidas por Deus
Traduz a luta
Do bem contra o mal
Filhos da floresta
Encantada
Personagens dando vida
Ao Carnaval
É tanta riqueza
Pra se preservar
É fonte de vida
Da Mãe Natureza
Desperta cobiça
Ciúme e paixão
E a Tijuca energiza
A multidão

Bate o coração
Chocalho na mão
Retornarás a vida
Rega o corpo no chão
Levanta filho meu
Diz a mãe sofrida
Filhos imaculados
Pelo seu amor
Pelo seu amor

Pra defender
Pra resgatarcc
O ciclo natural
Da vida
A mata
Esconde segredos
Caminhos pra
Se refletir
É um tal de progresso
Criando um deserto
Trazendo a total
Devastação

O guaraná
Fruto sagrado
Parece o olho
De Deus no céu
Corre nas veias
Da Unidos da Tijuca
Essa força
Que vem lá
Do meu Borel

PARCERIA DE VICENTE DAS NEVES

Compositores:
Vicente das Neves e
Vicente Felisberto

Intérprete:

Tijuca…
Se vestiu de natureza
E com toda sutileza
Vai mostrar
No conto no rito
E na prece
A lenda Waranã
Conta que
Anhyã-Muasawê
Iluminada pelo sol
E o luar
Refugiou-se
Pelo berço
Da floresta
E deu a luz
Ao lindo índio
Curumim
E dos olhos
Do seu filho
Então nascia um doce
Fruto sedutor
Kauê Soturê-Mauê
Povo pele avermelhada
Vou representar
Vejam a familia
Tijucana
É tupana reexistência
Neste palco popular

Oh! que delícia
Com doçura natural
É milenar
Gostosa de bom paladar
A energia
Do meu carnaval

Neste cenário
Vislumbrante
Onde tudo
Pode acontecer
Tem papagaio falante
Trovões reluzentes
Na escuridão
Macaco, lagarta
E serpente
Ao piscar dos olhos
Seres transformados
Um animal cabuloso
Que faz a maldade
Na perseguição
Maldito Yurupari
Se manda vai embora
Pra longe daqui
E tempo de preservação
Um aviso aos vilões
Das devastações
Não turvem as águas
E nem polua o ar
Deixem os animais
Viver e em paz caminhar
Para a humanidade
Melhor respirar

Deixa o índio dançar
Deixa festejar
Nessa mata tem
O fruto guaraná
Esse chão é meu
Deus Tupã me deu
Neste verde encanto
Eu sei me embrear

PARCERIA DE AZEITONA

Compositores:
Azeitona, Jorge Machado
Franco Cava, Sérgio Alan
Marcelo Caçapa, Ivar Sangue Bom
Valtinho Jr., Rono Maia
Clark Almeida, Nininho do Cavaco
Frank Willian, Fabrício Amaral
Marquinho 10 e Dario Lima

Intérpretes:
Hudson Luiz e Marquinho 10

Mawé
Mauris, Maraguá
Mistério Tupy
Cultura milenar
Na luz de Tupana
Nas águas de Andirá
O sol ilumina
A lenda do guaraná
Floresta encantada
Energia vital
Nusokén…
Paraíso ancestral
Folha sagrada
Linda guardiã
Divina flor
Do Jardim de Monã
A flecha rasteira
Da inveja e poder
Expulsa num golpe
Anhyã-Muassawê

No ventre da mata
A esperança
O fruto proibido
Seduz a criança
Adeus Kurumin
A natureza chora
Yurupari surgiu
A paz foi embora

Cobra gigante
Envenena o amor
Nas gotas do orvalho
Retintas de dor
As lágrimas beijam
Os olhos de Kahu’ê
Pro verdadeiro
Waranã nascer
Papagaio falante Mawé
No olhar do pavão
Eu vi brilhar
Lagarta de fogo
Sateré
Karaxué vem anunciar
Na tribo Tijuca
É o ritual
Da tucandeira ao luar
No céu da aldeia
A fumaça
No chão a madeira
Queima ao “passar
Da boiada”
A nossa bandeira
Sou índio, sou forte
Pele vermelha
Essência guerreira
Reexistência

Okê Arô
Vem de lá ibejada
Okê Arô
Hoje tem guaraná
Canta Borel
No poder
Do Porantim
Tijuca vence o mal
Pro amor reinar
Em mim

Okê Arô
Vem de lá ibejada
Okê Arô
Hoje tem guaraná
Canta Borel
No poder do Porantim
Tijuca vence o mal
Pro amor reinar emfim

PARCERIA DE JORGE REMÉDIO

Compositores:
Jorge Remédio, Thiago Brito
Marcus Lopes, João Vidal
Ramos de Oliveira
Bruno Mendonça,
Mouse e Délcio Patrício

Intérprete: Thiago Brito

Verdejante
Paraíso Nusokén
Kaeté abençoado
De Monã
Sonho encantado
Éden prometido
A bela Cunhatã
Tupana aquece
Feição divinal
A flor entorpece
Desejo carnal
De “encantar a índia
Com o seu olhar”
O toque da serpente
A semear
Sagrado fruto
Da desunião
Que a cobiça tomou
Direito de brotar
No próprio chão

Ouitê conduz à vida
Em outro rumo
A luz
De um novo mundo
Kauê
No olhar do Curumim
Magia pra curar
A fome da inveja

Que mata, consome
Na maldade
De yurupari
Não basta
Apagar o nome
Se a essência
Reexistir
Ee renascer
Semente pra acolher
A nossa gente
Karaxué, faz sinfonia
Traz o alvorecer
Sateré Mawé
Primeiro a
Resplandecer
“língua de fogo”
O amanhã
Pele vermelha Waranã

Sou herdeiro Raoni
Não me curvo
A nenhum tirano
Índio guerreiro
Tijucano BIS

Aruanda ê, Jurema
Aruanda ê, Jurema
Hoje a tribo
Do Borel
Desce o morro
E vai à luta
Minha aldeia
É resistência
Tijuca

PARCERIA DE GUSTAVINHO OLIVEIRA

Compositores:
Gustavinho Oliveira, Sereno
Danilo Garcia, Serginho Rocco W.
João Porto e Lucas Valentim

Intérpretes:
Evandro Malandro e Bruno Ribas

Conta a lenda
Que Tupana
Emana a beleza
Do universo
Yurupari guarda
A maldade
Monã dualidade
Equilíbrio
Dos inversos
Anhyã-muasawê
Guardiã de todo poder
Dá luz a vida
Condenada pela
Inveja desmedida
Kahu’ê, Kahu’ê
Inocente Curumim
Selou o seu destino
Sem saber
O fruto proibido
Foi o fim

Se o mal prevalecer
A luz há de curar
Se o pranto persistir
O amor vai libertar
Se a vida sucumbir
Meu Deus
Vai me ajudar
É vida que ressurge
Pelo olhar

Waraná
A origem
Do povo Mawé
Melodia mais
Bela no ar
Poema é o dom
De Sateré
Nos rituais
A se perpetuar
Eu sou a luta
Resistência
Pra vencer
A força bruta
Se o bolso fala
A verdade fica muda
O dono da terra
Jamais se calou
E você sabe
Quem eu sou
Tijuca…
A pedra preciosa
Do Borel
E clamo o povo
A defender
Nosso vergel
O mais puro
E verdadeiro amor

Vai ter gira
De Caboclo
Aruanda Juremá
Firma ponto
Pro erê… Tijuca
No mistério
Da floresta
Cunhatã nos ensinou
Pra ibejada
Tem guaraná e amor

PARCERIA DE MÁRCIO ANDRÉ

Compositores:
Márcio André, Daniel Katar
Vaguinho, F. Turko
Maradona Malva
Jacob de Pilares, Ronaldo e
Serginho A. Bassani

Intérpretes:
Marquinhos Art’Samba
Sebastião Jr. e Mara Lima

A luz de Tupana
Reina em Wati
No céu
Yurupari lua
De fel e sombra
Tem paraíso encantado
No Borel
E assim no seio
Da mata
Em Nucosén
A cobra
Verde enamorada
Seduziu a guardiã
Com o perfume
De uma flor
Num toque a bela
Índia engravidou
Gerou o ciúme
Nos irmãos
Que expulsam Muasawê
E tomam seu lugar
Ao longe no ventre
Da floresta, nascerá

Auê auê
divino Kahuê
Auê auê mal sabia
Seu destino
O curumim
Atraído pelo
Fruto proibido
Na ira dos seus
Tios o seu fim

Chora a cunhã
Mas tupanã
Rega em raio
As lágrimas sagradas
De um olho
A semente da força
Vermelha
Bendito o elixir
Que a vida semeia
O primeiro Mawé
Lagarta de fogo
Sateré
Povo guerreiro
Que bebe çapó
Waranã Sesé
Mas caraíba
Desmata, maltrata
A vida e a alma
Da mata
Nas cinzas
Da esperança
O amor vai renascer
O ódio que arde
Em chamas
Jamais irá prevalecer
Juremê, juremá

A tijuca
É minha tribo
Na pajelança
Do guaraná

Sateré Mawé
Eleva Curumim
Ibejis em festa
Erês, Caboclo ê
Reexistência
Da floresta

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