São Clemente
São Clemente
“Minha vida é uma peça”
Carnaval 2022
S I N O P S E
I – O CÉU DE PG
Esta Peça Enredo-carnavalesco foi escrita por uma legião de fãs. Do tamanho do Brasil. Demorou 42 anos pra chegar a este palco/passarela – portanto, nada de chororô, aproveitem este “rir é resistir”.
E ao terceiro sinal, no caso uma sirene, quando a cortina (que é um portão) abre, e os holofotes acendem para o Prólogo da Peça, tem confete, serpentina, fantasia preta-amarela, num delírio total: Nossa Estrela chega no céu, em festa. Anjinhos não tocam harpas pois estão se mijando de rir.
Todos os Comediantes que lá estavam, vieram receber o novo Astro Eternizado no Paraíso da Comédia Nacional. Muitos já conheciam esta montagem-espetáculo-desfile, mas fizeram questão de voltar mais uma vez, porque o ator merece! O céu de Paulo é um paraíso do bem, da fraternidade, da bondade e da… esculhambação.
Sim, ele pega nos peitos de Derci, imita Golias, rodopia com Otelo e aos aplausos de Costinha PG exclama feliz: “Isso aqui parece quando desfilei na São Clemente!”
II – HERMINIA AMARAL
E então ele, hiperativo mágico, descobre que está de novo na agremiação da Zona sul, uma segunda vez, encantada, em desfile atravessando a Sapucaí.
E os bobes de dona Herminia retornam a sua cabeça, ele amarra o lenço estampado, e num piscar dos olhos fascinados e maquiados, ela, a genitora que divertiu a família brasileira, dá as mãos a Carlos Alberto, e “desce na poeira da poesia” para encontrar seus filhos na Cena Seguinte, em cima de carro alegórico.
Marcelina e Juliano empurram Soraya para segundo plano e reapresentam à Sapucaí. aquela que é a maior Mãe de todos os tempos, Novamente ovacionada pelas arquibancadas. Foram 15 anos, centenas de representações no teatro e na televisão, três filmes que bateram todos os recordes no cinema nacional, um cantinho em tudo que é coração verde-amarelo; mas agora só interessa cantar e sambar por Ela, por Ele, por nós, sobreviventes do hiato inconcebível, que em epifania se revela catarse, para entroniza-lá “Herminia Amaral, a dona da zorra toda!”
III – FLECHA DO CUPIDO
E como a arte imita a vida, ele foi mais feliz ainda no próximo setor da procissão festiva: Thales e as crianças vieram dizer que só o amor constrói, que família são laços de afeto e que viva a liberdade da gente ser aquilo que cada um é. O que já era bom ficou perfeito, porque a simplicidade tem o poder de amolecer até o mais duro dos corações.
A parada vai fluindo e inspirando resistência bem humorada; ensinando que felicidade é que nem Bumbum: Cada um tem o seu. Sem imposição, sem ódio, sem vergonha. E com solidariedade: Não existe modelo único de humanidade. Pluralidade faz parte…
IV – BONDEDAZAMIGAS
Nesta cena da peça, amigos da vida “fora da curva” invadem a pista para declarar que nunca houve alguém como ele: Único, generoso, inesquecível, poderoso, companheiro, e… terrível.
Por isso este bonde da amizade forma a quarta alegoria, “o lado esquerdo do peito”, já que amigo é coisa pra se guardar, celebrar, e desfilar juntos, num rolezinho pela Marquês colorida.
V – “D” DE DIVA DÉA
DULCE, DIVERSIDADE
Mas quem era a Estrela da Estrela? Ó musa encantadora e desbocada, vem pra Avenida ver o teu guri desfilar: Abram alas para o D de Diva inspiradora, Déa.
É ela quem desce o pano e fecha o portão encerrando esta Comédia-homenagem à beleza do existir: A maternidade da emoção – Déa, a mãe da Mãe, a que nos embala com seu canto de fascinação. Oferecendo fundamental apoio do modelo feminino que molda um libertário espírito para semear a Caridade (lembrem que “D” pode ser também de Dulce dos pobres”) e aceitar a Diversidade.
Déa, a íntima de todos nós por empatia. Déa mamãe genial do gênio aclamado, que pariu a dupla perfeita pois a irmã devotada, fiel escudeira Ju, personifica “unha e carne”, “corda e caçamba”.
Déa, a da voz que canta junto com esta multidão, que a peça da vida dele é pra inspirar a rir e resistir, com o Brasil seguindo em frente, em busca de um mundo melhor.
Epitáfio do Gurufim Carnavalizado: Valeu PG! Nada será como antes, mas nada também foi em vão. Você marcou nossas vidas, você vive em nós; e em teu nome, maravilhoso, desfila hoje a Família Clementina, e os sambistas da superação, pois dias melhores virão!
Autores:
O Povo Brasileiro fã de Paulo Gustavo
e a Família Clementiana.
ESTRUTURA DO DESFILE
(A divisão dos assuntos no desfile)
Setor um
Abertura Carnavalizada
“O céu de PG”
(Um delírio sobre o paraíso da comédia brasileira; um encontro festivo entre Paulo, e grandes humoristas da história nacional; o novo Anjo é festejado em brincadeiras);
Setor dois
“Dona Herminia” Numa carreira vitoriosa, surge a Mãe das Mães brasileiras.
(Num passe de encantamento hiperativo, Paulo retorna a São Clemente na Sapucaí, para encontrar na alegoria dois os personagens de “Minha mãe é uma peça”.
Setor três
“O Amor de Thales: o que era bom vira perfeito” (A inspiração amorosa, os filhos, a simplicidade da “nova família” em afeto)
Setor quatro
“Bonde Colorido dos Amigos
/ BONDEDAZAMIGAS”
(Os outros sucessos do brilhante artista. A grande qualidade de Paulo: A parceria solidária e bem humorada)
Setor cinco
D de Diva inspiradora:
Déa, a mãe da Mãe!
(O apoio fundamental da figura feminina, que molda um espírito caridoso e libertário sobre a diversidade)
ORGANOGRAMA DO DESFILE
(Assuntos de Alegorias e alas para
contar o que está escrito no texto)
SETOR 1– “ O céu de PG”
Comissão / MS e PB
Ala 1- Festa num Céu Clementino
Alegoria 1
Paraíso da Comédia Brasileira
recebe seu novo Astro
SETOR 2- “Triunfo de Herminia”
Ala 2- Niterói da minha infância
(corrente sanguínea)
Ala 3- Juventude sonhadora na Cal
(2003 a 2005)
Ala 4- “Surto”de Schimutz
Ala 5- 4 de maio de 2006 /
Estreia teatro Minha Mae…
Ala 6- Baianas Bobes de Dona Herminia
Alegoria 2
Minha Mãe é uma peça
SETOR 3– “THALES E FILHOS”
Ala 7- Feliz como cena de filme
Ala 8- O cupido me flechou
Ala 9- Casório no parque laje
Ala 10- Dermatologia
Ala 11- Carrinhos de bebê
Alegoria 3-
Thales e as Crianças
SETOR 4- “BONDEDAZAMIGAS”
Ala 12- 220 volts no Multishow
Ala 13- Vai que cola
Ala 14- A vila
Ala 15- Hiperativo
Ala 16- Senhora dos absurdos
Ala 17-Medo de Avião
Alegoria 4
BONDEDAZAMIGAS
SETOR 5- MÃE DIVA DÉA
Ala 18- Você é viado?
Ala 19- Figura Feminina
Ala 20- Beyonce/diversidade
Ala21 – Pai e Madrasta
Ala 22- Ju fiel escudeira
Ala 23- D de Dulce dos Pobres
(solidário e caridoso)
Alegoria 5
D de Diva Déa, a mãe da Mãe!
Ala 24- Valeu PG! Rindo e resistindo
(Lição de vida)
Ala 25- Nome de rua:
Dias melhores virão!
(Homenagem pós-morten)
SUGESTAO A PARTIR DESTA
CONCEPCAO DE NARRATIVA ESCRITA:
Que o desfile em suas artes (samba, figurinos e alegorias) não sejam “naturalistas”, históricos, comportados.
Trata-se de uma fantasia clementiana para uma unanimidade nacional onde sobra talento bem humorado, vida fora da curva, e muita solidariedade humana.
Que as artes do desfile reflitam o espirito inusitado do inspirador enredo, que nada tem de “comportado ou careta”. Depois de muita dor, só nos resta resistir rindo.
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.