PARCERIA DE SAMIR TRINDADE (CAMPEÃ)

Compositores:
Samir Trindade, Ricardo Simpatia
Paulo Bachini, Julio Pagé
Wagner Zanco, Osmar Fernandes
e Almeida Sambista
Intérprete:
Wander Pires

Caminhos abertos
Para o axé, Orum-Ayê
Na imensidão de Olodumarê
Na tela o branco de Oxalá
Xeu epa babá, xeu epa babá
Raízes, aquarela, energia
Kosi Ewê, Kosi Orixá
É folha, seiva viva de Oxossi
Traz força, ventania de Iansã
O fogo justiceiro bem mais forte
Meu Pai Ogum, mamãe Oxum
Guiando o amanhã
É água salgada de Odoyá
As águas sagradas de Iemanjá

Obá Obá de Xangô
Risca esse chão
Assenta o Orixá
No xirê desse terreiro
Pinta meu corpo
Retinto macumbeiro

Tambor ôôôô Ogã
Tambor ôôôô Ogã
Evoca magia ancestral
Nas ladeiras, ritual
Colorida a Bahia é canjerê
Nuance de festa
Emoldurada na fé
Gira baiana carregada de dendê
Eu sou de Jorge
Cavaleiro de batalha
Do altar, da feijoada
Dos matizes do amor
E me encontro
No “batuk” verde e branco
Minha arte é acalanto
Hoje o samba é multicor

Sobe o Morro da Formiga
Filho de Odé
Faz do pincel o meu Ofá
Nas cores do Axé
O Império da Tijuca
Vem sonhar

PARCERIA DE PAULINHO BANDOLIM

Compositores:
Paulinho Bandolim, Guilherme Sá
Edgar Filho, Alana Valente
Leandro Henrique, Thiago Mangaba
e Fábio dos Santos
Participação Especial:
Bernardo Pilotto
Intérprete:
Pixulé

Meu primeiro traço despontou
Na tela branca de Olodumarê
Em minhas mãos
O dom que vem do criador
Fiz a paz de Oxalá resplandecer
Linhas se encontram no painel
Destinos são traçados de um pincel
Matizes derramei em aquarela
E assim a natureza se revela
Verde mata de Oxóssi, Oke Arô
Rosado céu de Oyá, rubro céu, Kaô
Dourado de mamãe Oxum, Ora iê iê ô
Beijando o azul do mar de Iemanjá

Quem risca a pemba no chão sou eu
Quem firma o alujá sou eu
Da gameleira talhei a madeira
Pintei xirê de Orixá no Afonjá

Axé do sagrado padê
Do colorido que invade as ruas
Axé é a força da fé
É a farra de cada gravura
Meu olhar na fresta
Pra festa que não tem fim
Vai do dia dois de fevereiro
A Lavagem do Bonfim
Revela a Bahia que vive em mim

Corre a tinta na cascata
Essa força ancestral
Faz do samba o retrato
Da coroa imperial

Gira baiana, minha inspiração
Reluz na imagem, dourada Yalodé
Ao meu Império um quadro de amor
No canto assinado: Obá de Xangô
De todas as cores, das cores do axé

PARCERIA DE GABRIEL MACHADO

Compositores:
Gabriel Machado, Júnior Falcão
Juliano Centeno, Arilson Trindade
Guilherme Kauã e Leandro Gaúcho
Intérprete:
Igor Vianna

Axé firma o ponto no terreiro
Sob a luz da alvorada
Um olhar de inspiração
Traços do Obá
Colorindo em aquarela
De Olodumarê à criação
Pincéis bordando a natureza
Revelam verdes matas
De Oxóssi caçador

Sopram ventos de Oyá
Clareia o trovão de Xangô

É tão bela, Oxum, é tao bela
Salve a rainha, sereia do mar
Odoyá, Iemanjá

Mão no couro do tambor
Pé descalço na ladeira
Dia de roda, capoeira e alujá
Toca o sino na Capela
Já benzi meu patuá
Vai ter xirê pra Orixá

Gira, baiana faceira
Mexe a panela na feira
Ecoa seu canto em comunhão

“Oi!” Bate palma
Pra essa gente kizombar
A Avenida é a tela
Atabaque a ressoar
No colorido do riscado desse chão
Desço o Morro da Formiga
Pra cantar em louvação

Oraiêiê
Mojubá, Ogunhê
Kabecilê Kaô
Meu Império da Tijuca
Traz axé ao grande Obá
Okê Okê Arô

PARCERIA DE ANDRÉ DINIZ

Compositores:
André Diniz, Eduardo Katata
JC Couto, Ferreti Vargues
Gilsinho Oliveira, Carlinhos Allan
Ryan Rodrigues da Caneta
Participação Especial:
Ronaldo Pontes
Intérprete:
Emerson Dias

Meu povo é lundu, é macumba
É Formiga, é Tijuca
De Tiãozinho e Sinval
É luz de Marinho da Muda
É Bastião da cultura
O Ilê do Carnaval
Atabaque me leva a Bahia
De Jorge Amado, Menininha
Caymmi e Vergêt
Nas cores do portenho baiano
O chão vai tremer

Oxossi é o rei da mata
A mata balança o vento
O vento de Iansá
Nas águas… De Oxum
Trovão de Xangô clareia
O céu vai iluminar
A lua na maré cheia
De Iemanjá

Magia está no 2 de fevereiro
Nas igrejas e terreiros
Em cada festa popular
Um pingo de cor
Na mente de um pintor é devaneio
Tantos rabiscos do Obá
Cheiro de feira
Fogo estala na panela
Em cada tela o cenário da Bahia
E a baiana vai girar na passarela
Com os tambores dessa nossa Sinfonia

Meu Império da Tijuca
Carregado de axé
É arte, é dança e fé
A energia, que emana Caribé

PARCERIA DE TINGA

Compositores:
Tinga, Braguinha, Jota
James Bernardes, Fabio Martins
Breno Henrique e Rafael Tubino
Participação Especial:
Marcus Lopes
Intérpretes:
Tinga e Tinguinha

Quando nada existia
Uma tela vazia
No infinito do criador
Olodumarê traçou a vida
Numa aquarela multicor
Axé abrindo todos os caminhos
O papel, a tinta encontrou
Habita o tronco e a raiz
Sem folha não há Orixá
No verde da mata é Oxossi
A dona do ouro é Oxum
Iemanjá…
Rainha dessa imensidão azul

E no risco do Obá
A arte em movimento
Chão de terreiro
É pra plantar assentamento

Firma ponto, candongueiro
Deixa a gira girar
Abre a roda que o Ilu
Toca a revolução
A semente germinou nas ladeiras
Nos batuques e em cada barracão

Ê, laroyê! ê, Bahia
De todos os santos
De todas as cores
Cortejos “em cantos”
De tantos andores

Inaê, Odoyá…
Na fé dos barqueiros
Tem flores no mar
Dia dois de fevereiro

No tabuleiro tem dendê, acarajé
Tem batuque tem axé
Na Sinfonia Imperial
Nessa Avenida a mais linda pintura
Leva a assinatura
De um artista genial

Kaô… cabecile, kaô
Kaô… oba nixé, kaô
Chegou meu Império
No toque do tambor
No axé das cores
Do Obá de Xangô

PARCERIA DE DIEGO NICOLAU

Compositores:
Diego Nicolau, Richard Valença
Thiago Meiners, Valtinho Botafogo
Fábio Turko, Romeu Almeida
e Vítor Rangel
Participação Especial:
Tem-Tem Jr.
Intérpretes:
Pitty di Menezes
Leozinho Nunes
Tem Tem Jr.

Traços no compasso do infinito
Magia das cores ao som de tambores
Matizes se encontram
Na encruzilhada
A vida se cria
Floresce nossa morada
Despontam os galhos no chão do Ayê
Toque de Olodumarê

Quando Oxossi gira em terra
É flecha de guerra
Alastra o fogo
Que entrelaça no trovão
Gira Yaô ao cantar da bela Oxum
Na imensidão do mar
Meu verde beija o azul

Ele é Obá
Da curimba feiticeira
Risca ponto no alujá
Risca vida na madeira

Que dá um nó emanando sentimentos
Na palha tem orixá
É talha, assentamento
No couro mãos de sangue de Ogã
Padê pro santo, Atotô Xapanã
Ê Erê na beira do rio vermelho
Curumim deu gargalhada
Tem Benjoim, água de cheiro
Na arte emoldurada
Império, resistência
A cor da noite
O mestre-sala
Que nunca teme açoite

E quando tingem
Verde e branco na avenida
É cortejo de vitória
Desce o Morro da Formiga

Filho do axé
Protegido de Oxalá
Sou Império da Tijuca
Você tem que respeitar
Nessa aquarela
Desenhei meu pavilhão
Nada apaga nossa história
É noite de coroação

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