Compositores:
Sombrinha, Aluísio Machado
Carlos Senna, Carlitos
Beto BR, Rubens Gordinho
e Ambrosio Aurélio
Intérpretes:
Tem Tem Jr.
Pity di Menezes
Evandro Malandro
Acorde partideiro sem igual
nascia então, um samba do seu jeito
Reluz feito Candeia, imortal
o compositor, sambista perfeito
Levada de tantam, banjo e repique
poesia de um Cacique
malandragem deu lição
Inspiraçao de ventre ancestral
o dueto, a patente
vem do fundo do quintal
Na boêmia, no subúrbio, na viela
o seu nome é favela… Madureira
Dagô, Dagô Saravá, Obá kaô
O brado que traz justiça
faz a vida recompor
Deixa, o fim da tristeza
ainda há de chegar
O show do artista vai continuar
Morando nos sambas
que você fez pra mim
Imperiano sim
No verso que aflora
Giram os sonhos da porta-bandeira
O amor de Orfeu, melodia namora
Serrinha é teu canto
pra vida inteira
Dagô, Dagô
é a lua de Aruanda
A espada é de guerra
e Ogum vence demanda
Cercado de axé, semeia o bem
o povo a cantar
Receba a gratidão
reizinho desse chão
aqui é o teu lugar
Uma porção de fé
o filho do verde esperança
nos conduz
Zambi da Coroa Imperial
abiaxé, Arlindo Cruz
Firma na palma da mão
tem alujá e agogô
Imperio Serrano
Falange de Jorge no oxê de Xangô
Laroyê Epa Babá
Há de roncar meu tambor
O verso de Arlindo
poema infindo, morada do amor
Compositores:
Paulo César Feital, Andinho Samara
Ronaldo Nunes, Igor Fininho
Anderson Lemos e Jefferson Oliveira
Intérpretes:
Tinga e Emerson Dias
No céu… existem falanges de bambas
Que encarnam no ventre do samba
A poesia em ser de luz
Alguns… renascem nas tamarineiras
Quintal do Rei de Madureira
E batizado Arlindo Cruz
Que evoca o som das almas brasileiras
Sua voz porta-bandeira
De Magno a Oswaldo Cruz
Herdeiro mais nobre de mestre Candeia
E o sangue que singra nas veias
É o de Aracy que lhe conduz
Kabecilê Kaô
Todo filho de Xangô
Jamais se verga
Tem a força do ingazeiro
Imperiano orfeu do amor
Graças ao Pai
O seu lugar é meu terreiro
Quando o banjo encontra o peito
Melodia faz chorar
Se o sambista é perfeito
O artista é popular
Quando aflora a piedade
Nascem ramos das vielas
É o bem da partitura
A candura das favelas
Sou aprendiz a versar
Um samba de amor em fá
E por mais que me inunde
A Serrinha a vida inteira
Meu Império se confunde
Nessa alma batuqueira
Receba a coroa
Do Mestre Silas de Oliveira
Sob a lua de Ogum meu poeta é orixá
É Arlindo a nossa voz… Serrinha
Sou a fé que se renova
A história que ensina
Predestinado a dar a volta por cima
Compositores:
Pretinho da Serrinha, André Diniz
Karinah, Hamilton Fofão
Thierry Alves e Fred Camacho
Intérprete:
Zé Paulo Sierra
Desperta, poeta
Esbanja o dom que Deus lhe deu
Já me benzi no tambor
De Madureira, eu sou
Devoto de Arlindo Domingos da Cruz
Filho de Xangô, o rei da pedreira
O povo de Jorge ninguém vai derrubar
De luz e candeia
A tamarineira, o apogeu
Vem ver um Império tão lindo
Quanto um samba seu
O que é o amor? Já sei responder
Tá no seu lugar, mora dentro de você
Reizinho do amor sem fim
Imperiano de fé, é assim
Assim que faz um samba
Para um gênio partideiro
Brasileiro imortal
De suas melodias a Serrinha
Faz a figa nesse Carnaval
A sua bailarina não perdeu a fé
Sambista tão perfeito
Feito em candomblé
Se toca um jongo
No terreiro a saudade
É lição de malandragem
Bem no Fundo de Quintal
Se tem pagode e um banjo envolvente
Faz barulho, Arlindo está presente
Salve Aniceto que o batuque começou
Cadê Fuleiro e Tia Eulália pra dançar?
Mano Décio a viola harmonizou
E o Império se embalou pra te embalar
Chama o das Neves pra tocar o agogô
Silas e Beto pra compor e pra versar
Vó Maria, Dona Ivone laraiá
E o Império se embalou pra te embalar
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.