Foto: Rodney de Figueiredo

SAMBA / BATERIA

PRESIDENTE:
Rosemberg Azevedo
ENREDO:
“Liberte nosso sagrado: O legado
ancestral de Mãe Meninazinha de Oxum”
CARNAVALESCOS:
Rodrigo Marques e Guilherme Diniz
MESTRE DE BATERIA:
Branco Ribeiro
COMPOSITORES:
Junior Fionda, Tião Pinheiro
Tem-Tem Jr., Marcelo Adnet
Léo Freire, Marcelinho Santos
Carlos Kind, Bruno Castro e
Vitor Hugo
INTÉRPRETE:
Kleber Simpatia

Olorum chamou herdeira no Aiyê
No firmamento, velho Omolu
Era a cura pra salvar Ilê
O recomeço Mojubá Exu
Ventre encantado fez Iyá Maria
Vovó Davina apontou o céu
Oraieiê do ouro a luz divina
Se fez doçura pra abrandar o fel
Era tempo de diáspora do povo preto
Era sangue e degredo
Meu sagrado em punição
O tambor que, cultuado
Insistiu em resistir
Fundamento assentado
Em São João de Meriti

“Disse a farda ser a lei” vilipendiou
Foi Xangô, meu rei, contra o opressor

No chão batido, um ponto de xirê
Pequenas Áfricas de Oxalá
Renovam vida por Oxumaré
E purificam pelas águas de Iemanjá
Ogum se junta a Logun Edé
Intensificam luta de Iansã
Vencer demanda é dom de mulher
A luz de Obá e o saber de Nanã
Onde dançam orixás
O preceito é ancestral
Cada um com sua crença
Nesse meu Brasil plural
Que Oxóssi atire a flecha
E atinja os corações
Pra que haja mais respeito
Entre as religiões

Eu vi a coroa D’Oxum, ô meninazinha
Unidos feito ponte – o amor e o axé
Som de Ketu é atabaque, Yalorixá rainha
Deixa em paz meu terreiro de candomblé

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