Com festa em Caxias, Acadêmicos do Grande Rio escolheu o samba
Na madrugada deste domingo, 1º de outubro, a Acadêmicos do Grande Rio definiu o vencedor de sua disputa de samba-enredo para o Carnaval 2024. A obra da parceria de Derê, Marcelinho Júnior, Robson Moratelli, Rafael Ribeiro, Tony Vietnã e Eduardo Queiroz levou a melhor na final composta por quatro sambas.
Com show de abertura que contou com exibição dos segmentos da escola e participação especial de Neguinho da Beija-flor, além da presença da rainha de bateria Paolla Oliveira e musas. A quadra ficou em clima de festa para o início da apresentação dos sambas concorrentes em formato dinâmico, seguindo as mesmas características de todo o processo do concurso. O evento teve seu encerramento após o anúncio do ganhador, que contou com excelente recepção por parte da comunidade, segmentos, diretoria e público presente.
Os ensaios na quadra terão início no dia 10 de outubro e serão sempre às terças-feiras. Já não há vagas disponíveis para desfilar nas alas de comunidade, mas é possível fazer inscrições para cadastro de reserva no mesmo local e horário dos referidos treinos.
A tricolor de Duque de Caxias será a quarta escola a desfilar no domingo de folia, dia 11 de fevereiro, com o enredo “Nosso destino é ser onça”, que está sendo desenvolvido pelos carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora. Confira a letra do samba campeão, que poderá sofrer alterações em sua versão definitiva:
Compositores:
Derê, Marcelinho Júnior
Robson Moratelli, Rafael Ribeiro
Tony Vietnã e Eduardo Queiroz
Intérprete:
Evandro Malandro
Trovejou, escureceu
O velho onça, senhor da criação
É homem fera, é brilho celeste
Devora e se veste de constelação
Tudo acaba em fogaréu
E depois transborda em mar
A terceira humanidade
Cuaraci vem clarear
Ê Sumé nas garras da sua ira
Enfrentou Maíra, tanto perseguiu
Seus herdeiros vivem essa guerra
Povoando a terra
O bicho mais feroz rugiu
É preta, parda
É pintada feita a mão
Sussuarana no sertão que vem e vai
Maracajá, jaguatirica ou jaguar
É jaguarana, onça grande mãe e pai
(onça grande mãe e pai)
Yawalapiti, pankararu
Apinajé, na voz do povo
Araweté na flecha de tupinambá
Do tempo que pinta a pedra
A fé de ser encantada
Onça-loba, onça alada
Na memória popular
Kiô… Kiô, kiô, kiô kiera
É cabocla, é mão-torta
Pé-de-boi que o chão recorta
Travestida de pantera
Kiô… Kiô, kiô, kiô kiera
A folia em reverência
Onde a arte é resistência
Sou Caxias, bicho fera
Werá… Werá auê
Naurú werá… Auê
A aldeia Grande Rio ganha a rua
No meu destino a eternidade
Traz no manto a liberdade
Enquanto a onça não comer a lua
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