Mocidade já tem samba para cantar as delícias do caju na Sapucaí

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Foto: Divulgação

É da parceria formada pelos compositores Diego Nicolau, Paulinho Mocidade, Marcelo Adnet, Richard Valença, Orlando Ambrósio, Gigi da Estiva, Lico Monteiro e Cabeça do Ajax o samba-enredo que a Mocidade Independente de Padre Miguel apresentará no Rio Carnaval 2024.

A escolha do hino oficial aconteceu na noite do último sábado (14), no Maracanã do Samba, nome da quadra da agremiação localizada na Avenida Brasil em Padre Miguel. A comunidade vibrou com o anúncio da parceria vencedora por volta das 5h da manha de domingo. Com o enredo “Pede caju que dou… pé de caju que dá!”, criado e desenvolvido pelo carnavalesco Marcus Ferreira, a verde e branco da Vila Vintém, abrirá a segunda noite dos desfiles do Grupo Especial na segunda-feira de Carnaval. A gravação do CD com os sambas de enredo do Grupo especial terá início nesta segunda-feira (16), na Cidade das Artes.

Ouça o samba vencedor:

Compositores:
Diego Nicolau, Paulinho Mocidade
Marcelo Adnet, Richard Valença
Orlando Ambrosio, Gigi da Estiva
Lico Monteiro e Cabeça do Ajax
Participações Especiais:
Márcio de Deus e W. Corrêa
Intérpretes:
Tinga, Paulinho Mocidade e
Diego Nicolau

Eu quero um lote
Saboroso e carnudo
Desses que tem conteúdo
O pecado é devorar
É que esse mote beira antropofagia
Desce a glote, poesia
Pede caju que dá
Delícia nativa
Onde eu possa pôr os dentes
Que não fique pra semente
Nem um tasco de mordida
E aí Tupi no interior do cafundó
Um quiprocó virou guerra assumida

Provou porã, fruta do pé
Se lambuzou, Tamandaré
O mel escorre
Olho claro se assanha
Se a polpa é desse jeito
Imagine a castanha

Por outras praias a nobreza aprovou
Nas redondezas se espalhou
Tão fácil, fácil
E nesta terra
Onde tamanho é documento
Vou erguer um monumento
Para Seu Luiz Inácio
Nessa batalha teve aperreio
Duas flechas e no meio
Uma tal Cunhã Poranga
Tarsila pinta a sanha modernista
Tira a tradição da pista
Vai Debret, chupa essa manga
É Tropicália, Tropicana, cajuína
Pela intacta retina
A estrela no olhar
Carne macia
Com sabor independente
A batida “mais quente”
Deixa o povo provar

Meu caju, meu cajueiro
Pede um cheiro que eu dou
O puro suco do fruto do meu amor
É sensual, esse delírio febril
A Mocidade é a cara do Brasil

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