Porto da Pedra lança sinopse e Mauro Quintaes dá recado aos compositores

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“Estamos entregando uma sinopse de muita qualidade. Agora é com vocês”.

Foto: Divulgação

Mauro Quintaes e Diego Araújo reuniram-se com a ala de compositores da Unidos do Porto da Pedra para fazerem juntos, a leitura da sinopse do enredo “A história que a borracha do tempo não apagou”, com o qual a vermelho e branco representante do município de São Gonçalo defenderá as melhores posições da Série Ouro, buscando, novamente, a ascensão ao Grupo Especial.

No encontro, realizado na noite desta quinta-feira (18), o carnavalesco e o pesquisador fizeram uma rápida explanação sobre o tema que gira em torno da Fordlândia, cidade nos moldes americanos, idealizada por Henry Ford, na tentativa de reduzir os custos da fabricação dos pneus dos automóveis montados pela marca na década de 1920.

“Sempre apresentamos muita qualidade em nossos desfiles e não será diferente. O carnaval é uma vitrine e queremos deixar claro que precisamos apresentar diferenciais a começar pela sinopse clara, de fácil entendimento, com um enredo que vai proporcionar a vocês, mais um samba de grande apelo. Tem sido assim nos últimos anos, acreditamos muito em nossa ala de compositores. Agora é com vocês”, disse o carnavalesco durante a explanação.

Mauro fez questão de ressaltar que a escola está apostando em um tema autoral mesmo tendo a possibilidade de um enredo patrocinado.

“Temos a obrigação de produzir um grande samba, pois o enredo nos possibilita isso. A presidência e toda diretoria está acreditando muito no potencial dessa história, na força que ele tem porque esta não é uma coisa inventada, ela é real, a Fordlândia existe. O que queremos é mostrar que esta é mais uma fábula onde a Amazônia e os povos originários foram desrespeitados”, disse o artista, bastante aplaudido pelos poetas do Tigre.

Responsável pela pesquisa e desenvolvimento da sinopse, Diego Araújo escolheu os Munduruku, povo de tradição guerreira que habita a região do Vale dos Tapajós, como narradores do texto. Frequentador e estudioso da cultura da região norte, o escritor mergulhou no universo local para desenvolver os escritos.

“Este é o nosso terceiro enredo na Porto da Pedra e temos certeza de que teremos mais uma história pitoresca , bem contada, cantada e elogiada na Avenida. O que estamos fazendo aqui é uma verdadeira retomada ancestral contando esta história e, o fato de entregar cultura e qualidade, em um ano com a predominância de temáticas africanas, pode ser um fator positivo. De qualquer forma, quem ganha é o público porque vai ter a oportunidade de ver mais uma história brasileira descortinada”, relatou Diego.

Para os compositores, este é o momento também de mergulhar na pesquisa, usando e abusando da criatividade. Campeão em 2023 e finalista em 2024, Zé Alex, compositor da escola há 14 anos, exaltou a clareza da sinopse.

“Teremos uma grande disputa. Quando a sinopse é clara como esta, podemos explorar muitas coisas. Tenho certeza de que vai ser mais uma disputa muito acirrada”, diz o poeta.

Campeão da última disputa, Gustavo Wilman já adianta a ansiedade pelo encontro com os parceiros. Juntos há oito anos e com dois campeonatos no currículo, eles prometem emoção semana a semana.

“O Diego usou elementos que nos possibilitam contar essa história de uma forma muito poética. A sinopse está muito bem escrita. Que seja mais uma disputa de muita alegria que culmine em um grande samba”.

Em 2025 a Porto da Pedra será a quinta escola a desfilar no sábado de folia. Informações sobre a disputa, que é aberta para compositores de todo o país, serão divulgadas em breve.

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