Compositores:
Marcelinho Santos, Tem-Tem Jr.
João Vidal, Romeu D’Malandro
Julio Cesar, Telmo Augusto
Mauricio Amorim, Marcos Barbeiro
Edu Casa Leme, Ricardo Simpatia
e Totonho
Intérprete:
Danilo Cezar

Caneta preta na branquitude
Meu lume é atitude, vaga no ecoar
A mente acesa pra redigir
A lua a persistir
Subúrbio de inspirar
É que a escuridão ilumina à farol
A quem não tem lugar ao sol
Sou, por eles, lona armada
Pelos trilhos da escrita
Vou “servindo” um prato cheio
Por quem vive de marmita

São ecos noturnos
Pelos submundos eu vou bandear
Deixa serenar… vadeia
Lá no alto do morro
Pedimos socorro para o orixá
Ô deixa girar… bambeia

Madrugadeou
Onde o samba faz morada
E ao som da batucada
Copo cheio, pele nua
É perfume da rua
Lançado por notas musicais
Nobre amor dos fevereiros
Dos antigos carnavais

O sino da igrejinha
Faz belém-blém-blom

Astro rei que anuncia
Que o nego tem batente
Com prazer sou vagalume
Pra acender a sua mente
Eu vivi há muito tempo
Pra mudar os amanhãs
E lembrar que quem quiser
Será Francisco Guimarães

A cultura do povo
Tem a cor do Brasil
Um diploma na mão
Faz calar o fuzil
Nos jornais da história
Um lugar mais igual
Pra não esquecer
De quem deu a vida
A Vigário Geral

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