Compositores:
Marcelo Motta
Fred Camacho
Guinga do Salgueiro
Getúlio Coelho
Ricardo Neves e
Francisco Aquino
Intérpretes:
Quinho e Emerson Dias
Na corda bamba
Da vida me criei
Mas qual o negro
Não sonhou
Com liberdade?
Tantas vezes perdido
Me encontrei
Do meu trapézio saltei
Num voo pra felicidade
Quando num breque
Mambembe moleque
Beijo o picadeiro
Da ilusão
Um novo norte
Lançado à sorte
Na “companhia” do luar
Feito sambista
Alma de artista
Que vai onde
O povo está
E vou estar com o peito
Repleto de amor
Eis a lição
Desse nobre palhaço
Quando cair, no talento
Saber levantar
Fazer sorrir quando
A tinta insiste em manchar
O rosto retinto exposto
Reflete no espelho
Na cara da gente
Um nariz vermelho
Num circo sem lona
Sem rumo, sem par
Mas se todo show
Tem que continuar
Bravo! há esperança
Entre sinais e trampolins
E a certeza
Que milhões de Benjamins
Estão no palco
Sob às luzes da ribalta
Salta menino!
A luta me fez majestade
Na pele, o tom da coragem
Pro que está por vir
Sorrir é resistir!
Olha nós aí de novo
Pra sambar no picadeiro
Arma o circo
Chama o povo, Salgueiro
Aqui o negro
Não sai de cartaz
Se entregar, jamais
Compositores:
Marcelo Motta
Fred Camacho
Guinga do Salgueiro
Getúlio Coelho
Ricardo Neves e
Francisco Aquino
Intérpretes:
Tinga e Diego Nicolau
Na corda bamba
Da vida me criei
Mas qual o negro
Não sonhou com liberdade?
Tantas vezes perdido
Me encontrei
Do meu trapézio saltei
Num vôo pra felicidade
Quando num breque
Mambembe moleque
Beijo o picadeiro da ilusão
Um novo norte, lançado à sorte
Na “companhia” do luar
Feito sambista
Alma de artista
Que vai onde o povo está
E vou estar com o peito
Repleto de amor
Eis a lição
Desse nobre palhaço
Quando cair, no talento
Saber levantar
Fazer sorrir quando
A tinta insiste
Em manchar
O rosto retinto exposto
Reflete no espelho
Na cara da gente
Um nariz vermelho
Num circo sem lona
Sem rumo, sem par
Mas se todo show
Tem que continuar
Bravo! há esperança
Entre sinais e trampolins
E a certeza
Que milhões de Benjamins
Estão no palco
Sob às luzes da ribalta
Salta menino!
A luta me fez majestade
Na pele, o tom da coragem
Pro que está por vir
Sorrir é resistir!
Olha nós aí de novo
Pra sambar no picadeiro
Arma o circo
Chama o povo, Salgueiro!
Aqui o negro
Não sai de cartaz
Se entregar, jamais!
Compositores:
Dudu Botelho
Miudinho do Salgueiro
Betinho de Pilares
Jassa, Robson Reis
e W. Corrêa
Intérpretes:
Wander Pires e
Evandro Malandro
Quem sou eu?
Um palhaço sonhador
Que ousou vencer a dor
Pra subir ao picadeiro
Quer saber?
Liberdade é uma flor
Que este “nego” tatuou
Na pele preta do Salgueiro
Meu pai Malaquias ralhou
Quando o circo chegou
À beira da estrada
Não sei se chorava
Ou sorria
Àquela magia
De lonas armadas
Perdoa mãe! O salto do filho
E as broas de milho
Caídas sem dó
A vida sem afeto e fantasia
É samba de uma nota só
Fuleiro…
Quem mandou castigar
Quem mandou duvidar
Deste olhar zombeteiro
Parceiro…
Minha arte é sorrir
Pra poder resistir
Empodera Salgueiro
Palhaço Moleque Beijo
Pedaço do meu destino
Eu faço folguedo e gracejo
E abraço Mestre Severino
Fugi dos Ladinos
Fui bicho do mato
E o pobre menino
Já lota o teatro
Afino modinhas
Com meu violão
É o negro no palco
Pra coroação
Aplausos à minha
Luta pioneira
Sou Benjamim de Oliveira
O riso que venceu a opressão
Vou descer a ladeira
Meu torrão amado
No caminho te conto
Da minha alegria
Sou eu… sou eu
A décima estrela
Da Academia
Compositores:
Demá Chagas
Rafa Hecht
Daniel Pereira
Leonardo Gallo
Zeca do Cavaco e
Renato Galante
Intérprete:
Bruno Ribas
Liberdade, fantasia
Era tudo que eu queria
O destino quis assim
Fiz do sonho um desejo
Podem me chamar de “beijo”
Mas meu nome é Benjamim
A vida me levou
Na corda bamba
Caí e levantei pra aprender
Rei Negro, filho da felicidade
É preciso ter coragem
Pra sobreviver
Sonhar, lutar, acreditar
Sorrir também é resistir!
Vamos festejar
Essa vida de palhaço
Gargalhar
Todo artista
Tem que ir aonde o povo está
Lua ilumina o picadeiro
A trupe do Salgueiro
De vermelho vai passar
Encantar, arrebatar seu coração
Hoje a luta é na rua
Nosso carnaval, revolução
Quando a cortina se fechar
A luz se apagar
O show já não puder continuar
Hei de lembrar do que vivi
E na hora de partir
Eu também vou sorrir!
O circo chegou, Salgueiro
Aplausos, pro meu pavilhão
Se eu chorar é emoção
Amado é o meu torrão!
Compositores:
Antonio Gonzaga
Bello, Niva
Daniel Kattar
Mauricio Japa e
Diego Tavares
Intérpretes:
Zé Paulo Sierra e
Grazzi Brasil
Eu sei
Se o negro sempre
Foi injustiçado
E ainda ecoam
Dores do passado
Moleque a liberdade
Eu beijei
Acreditei, parti, sonhei
Na vida
A esperança equilibrista
Resiste em cada palco
Em cada artista
Ciganos nesse chão de ilusão
Vai… o filho da felicidade
Em todo menino
Um Benjamim
Onde houver arte
Não existe fim
O palhaço também
Chora amor
Quando choro
Mostro a minha cor
Levo a força de uma raça
Que na luta acha a graça
Pra esquecer a dor
Alma de trapezista
Ginga de malabarista
Tem sim “Sinhô”
Do céu de lona estrela
Brilha, levanta poeira…
Vencedor!
Num país que faz
Dos capatazes
Seus heróis
Meu samba é resistência
Ergue a voz
De reis e rainhas
Que o mundo não viu
Um beijo desse
Artista brasileiro
Nos moleques
Do meu Salgueiro
Do Grande Circo Brasil
(quem eu sou?)
Filho do Salgueiro
Benjamim de África
Transformo avenida
Em picadeiro
Venço o preconceito
Vou me apresentar
Filho do Salgueiro
Benjamim de África
Transformo avenida
Em picadeiro
Vestir vermelho
É se libertar
Compositores:
Roberto Zuk
Alê Zuk, Adriana Chapellen
Divoney Perasa, Kaká Sol
e Wladi do Nascimento
Intérprete:
Resplandeceu
Herança e negritude
Com me apresentar
Pilar da resistência
Sim Sinhô
“Moleque beijo”
Vai te conquistar
Na minha fantasia viajei
Buscando a liberdade
Eu voei, voei
O circo a primeira caminhada
Driblei o sofrimento da jornada
Eu tive que cair
Pra aprender a superar
Com o mestre aprendi a lição
De um sonho à realidade
Sou Benjamim para eternidade
A paixão me guiou
E saí em caravana
Meu destino
Quem traçou
Foi o céu, vida cigana
Na luz
Do picadeiro onde descobri
Cenário de encanto
Fez nascer em mim
Piadas, piruetas e loucuras
Receita para lhe fazer sorrir
Cai a noite
As luzes iluminam a cidade
Enfeitando a modernidade
Sem preconceito
O povo quer brincar
Se divertir
Teatro e cinema, encantei
O amor entra em cena
Entoo na voz
O mais lindo poema
E na face a paz no olhar
Vem aplaudir brasilidade
Que não tem cor, só alegria
Coragem é meu dom
Eu sou palhaço
Artista desta academia
Compositores:
Leonardo Bessa
Benjamin Figueiredo
Ivan Ribeiro
Vagner Silva
Bruno Papão e
André Ronaldo
Intérprete:
Leonardo Bessa
Quem vê a alegria
Do palhaço
Não pensa que viver
Nem é assim
A ilusão do início
É um pedaço
Em meio ao cansaço
Da luta que não tem fim
Aplausos iluminam
O picadeiro
Sorrisos indicam
Onde eu vou
Sem ter rotina
Nem ter paradeiro
Aventureiro, fugindo da dor
Noite de magia
Chama a criançada
Vai ter marmelada
Doce desafio
Fecha a cortina
Um malabarista
Ou equilibrista
Sempre por um fio
Lembro do meu pai…
Nego matuto
Astuto, na lida
Do dia a dia
Mas queria mais… felicidade
A liberdade
O circo é fantasia
Da vida na lona
Às lonas da vida
Um beijo pro moleque beijo
Fiz de tudo um pouco
Em minha utopia
O destino frutuoso
Me soprou
Me juntei ao povo
Povo mais humilde
Um palhaço negro, sim senhor
Autor bailarino, fazendo graça
O dom é divino
O samba me abraça
Rufa o tambor
Pro rei da folia
Salgueiro chegou!
Sou eu, sou eu
No olhar de cada artista
Sou eu…
Tenho alma de sambista
Arte é pra se ouvir
Sentir, viver
Para emocionar quem vê
Compositores:
Pedrinho da Flor
Filipe Zizou
Luizão Mangará
Ailtinho
André Quintanilha e
Carlão do Caranguejo
Intérprete:
Thiago Britto
Abra o seu coração
Salgueiro tem
O “beijo” da alegria
“Moleque”, mineiro, fujão
O rei dessa folia
Mãe arte no teu encanto
Um mar de sedução
Me fez “saltar”
Sonhando nesse chão
E sem palavras nesse palco
Expressei o meu valor
Sou negro sim senhor
Nos braços dessa liberdade
O meu destino encontrou
Em cada rosto a felicidade
Vem pra minha
Academia
O circo chegou
Nesse Rio
Que me consagrou
Eu tô feliz “uai”
No meu Salgueiro
O rei do picadeiro
Da noite eu fiz poesia
E tanta euforia
Me fez popular
Em cena teatro de lona
Lugar de artista
É onde o povo está
Quisera… ver meu legado
Inspirando enfim
A trajetória
De outros “Benjamins”
Nos “trampolins”
Do mundo inteiro
Um dia essa pátria
Vai ser mais gentil
Sou o primeiro palhaço
Negro do Brasil
Um show de emoção
Vai contagiar
Te fazer sorrir, chorar
Eu sou diferente
Amor singular
Só o salgueirense
Consegue explicar
Compositores:
Tiãozinho do Salgueiro
Gilmar L. Silva
Serginho Rocco
Marcelo Lepiane
Vaguinho e
Wagner Zanco
Intérprete:
Wantuir
Ê trem bão
Fugir por esse mundo a fora
A sorrir, fazer história
Voar na fantasia
De um príncipe negro
E seus devaneios
Anseios de um conquistador
Atrás do sorriso, um palhaço
De rosto pintado
Os traços de um vencedor
Fiz do pavilhão
Lar doce lar
Ao me expressar
Pelos picadeiros
Delira a plateia
Um beijo na estreia
Sob a lona do Salgueiro
Mãe arte
Quebrai as fronteiras
Talento nas veias
Não escolhe a cor
Por onde o povo chamar
Eu levo alegria
Esqueço a dor
Num gesto de amor
Sem palavras
Alô criançada
O circo chegou
Comédia da vida
De um sonho real
Fui rei da avenida
Brinquei carnaval
Se a vida é um palco
Ao me equilibrar
Da queda de um salto
Segui a lutar
Dei a volta por cima
“Qua qua qua”
Rufam os tambores
Salgueiro (Salgueiro)
Salve o artista
Negro brasileiro
Dá um abraço apertado
No eterno palhaço pioneiro
Compositores:
Moisés Santiago
Josemar Manfredini
Mano Jorte e
Alexandre Cabeça
Intérpretes:
Tuninho Junior e
Moisés Santiago
Quando o destino apontou
Meu coração me guiou
Desde menino as sonhar
A luz do palco acendeu
A esperança
Me fez acreditar
Fugi e venci
Fazer sorrir
Virou a minha missão
No picadeiro a doce ilusão
A verdadeira liberdade
Num salto
Mudei minha vida
Na alma, paixão pela arte
Sou “Benjamim”…
”Rei negro”
“Palhaço”
“Filho da felicidade”
Aprendi a cair
Pra saber levantar
Meu sorriso é a voz
Da resistência
O pioneiro
Mensageiro da alegria
No céu de lona
Brilha minha academia
O dom da criação
Fez despertar
O meu talento
Não dá pra descrever
Interpretar é sentimento
Aonde o povo está
Eu vou emocionar
No ar…
O espetáculo, a magia
No personagem, a inspiração
Eu sou a referência
Meus olhos vão marejar
Vendo você me aplaudir
Sinto meu cortou vibrar
O meu lugar é aqui
Toda estrela
Nasceu pra brilhar
O show tem
Que continuar
Arrepia Salgueiro
Nossa trupe chegou
O circo é amor
Salve! O artista
E a cultura popular
Leva o meu “beijo”
Pra se apaixonar
Compositores:
Edu Chagas, Baez
Alex Moreno
Isaías Demócrito
Ricke Fonseca e
Silvia Santana
Intérprete:
Edu Chagas
Livre nasci
A liberdade há de raiar
Pra todo mundo
Eu, Benjamim
Fiz desse circo
Um eterno refúgio
“Equilibrando” as andanças
Sigo “domando” lembranças
Acrobacias
Numa vida de ilusão
Destino de negro
É vencer na imensidão
E lá vou
Seguir a caravana
Tirar sorriso
Pra curar o pranto
Sob aplausos onde
Fiz história
Meu céu de lona
É vermelho e branco
Um bom brasileiro
Palhaço sim senhor!
No pavilhão os “causos”
De um sonhador
Vem ver…
“Arteiro” de rua
Chegou pra cantar
Monta o tablado
Sob o luar
Num foco de luz
Que tirou das estrelas!
Salgueiro vem rufar
O seu tambor
Clarins anunciam
Quem chegou
Um novo ato virá!
Eu sou artista!
A corda é bamba
Mas criar é nossa sina
Chamei todo povo
Do Salgueiro
Pra erguer o picadeiro
No palco da emoção
Um beijo moleque
Deixaram pra mim
Sorrir também é resistir
Compositor:
Henrique Badá
Intérprete:
Nasci
No esplendor da liberdade
“Moleque”
Matizado em negra tez
Sonho…
Com um céu de lona
E a fantasia
De encontrar a alegria
Num picadeiro assim se fez
Fujo da dor
De salto em salto
Aprendo a superar
Pois desde cedo
A vida me ensinou
A cair e levantar
Senhoras e senhores
O circo chegou!
Fiz foi seu sorriso
Um ofício de amor
Venci preconceitos
Com a dor aprendi
A caravana há de seguir
A vida
É um palco de emoções
Todo artista deve ir
Onde o povo está
Mesmo em meio
As adversidades
Levo alegria
Onde quer que eu vá
Abram-se as cortinas
Venham ver o pioneiro
Sou eu, o Benjamim…
De Oliveira a encantar
O mundo inteiro
A alma pura do palhaço
Que hoje encanta a academia
Aqui deixo o meu legado
Hoje eu sou rei nessa folia
Transformo a avenida
Em picadeiro
Devo o moro do Salgueiro
Deixa o povo aplaudir!
Salgueiro é show contagia
Vem que hoje tem alegria
“E o palhaço, o que é?”
É pura emoção
Um “beijo” no seu coração
Compositores:
Zank Moreno do Salgueiro
e Miguel Sant’ana
Intérpretes:
Guga Ferreira e
Miguel Sant’ana
Vem no toque do tambor
Do Salgueiro
Hoje o picadeiro
É na avenida
É Benjamim de Oliveira
É arte e cultura
Correndo nas veias
Negro livre sonhador
Sabido como ele só
No destino deu um nó
Vida pacata não quis
Não seguiu viagem
Deixou seu chão
No circo
Entregou o coração
Ê moço de talento bom
No teatro atuou
Assinou a direção
Nos palcos da vida
Um vendedor de ilusão
Brilhou roubou a cena
Com otelo e pavilhão
Faças operetas, melodramas
E o show do guarani no cinema
Depois de cair e levantar
Fugir de lá pra cá
No frutuoso
Até chula ele dançou
Foi Severino
Que inspirou
Moleque beijo
E no compasso do tempo
História eternizou
A saga de um palhaço
Sim senhor
Compositores:
Josy Pereira
André Lustosa
Paulo Lima, PC Lopes
e Cléo di Loiola
Intérprete:
Serginho Gamma
É vida embalando a arte
Na infância menino arteiro
Sonho, liberdade e fantasia
Foi buscar no picadeiro
De salto em tombo
Aprendeu se levantou
Como mestre Severino
Oliveira se tornou
Vida de negro
É sofrida como o quê
O seu destino
Era fugir sobreviver
De circo em circo
O artista principal
Seu sonho
Se realizando afinal
E de ofício fez
O riso e a alegria
Primeiro momo
O rei da folia
E no teatro
A arte de representar
Farsas, melodramas, operetas
A viúva alegre, o Guarani
Foi ator, diretor e autor
Pioneiro artista
Negro sim senhor
Hoje a academia
Conta e canta sua história
De resistência
Luta e vitórias
Abram as cortinas
Do meu Salgueiro
Para o palhaço
Negro brasileiro
O beijo moleque
Com muita alegria
Vai brilhar na academia
Compositores:
César Nascimento
Sandro Compositor
Silvio Mesquita
Carlos Macedo
Guilherme Braga e
Gêmeo
Intérprete:
Marquinho Art’Samba
Eu que já nasci liberto
Mas vi de perto
A dor da escravidão
Hoje o tambor me chama
Teu canto aclama
Nossa união
Meu sonho embarcou
Na caravana
Um salto em busca
Da felicidade
No circo a fantasia
De criança
E como herança
A luta pela igualdade
O samba me levou ôôôô
Me faz recordar
Eu vou salgueirar
O beijo moleque
Pra ser vencedor
Seguiu o caminho
Que o mestre ensinou
A vida me sorriu
E fui palhaço
Mas veias corre
Do dom de emocionar
Se abriram
As cortinas do teatro
E fiz o erudito popular
“Otelo, “A viúva alegre”
Até “O Guarani”
Dei um rosto negro à Peri
Espelho que eu vejo refletir
Em tantos por aí
Artistas precisam
Do aplauso dessa gente
O amor não há
De ser inutilmente
A emoção que faz
O elo da corrente
Salgueiro
É a voz do nosso povo
E desce o moro
Pra me coroar
Um céu de estrelas
Ilumina o picadeiro
Sou Benjamim
Artista negro brasileiro
Compositores:
Sereno, Tico do Gato
Waltinho Honorato
Anderson Benson
Manelão e
Artur das Ferragens
Intérprete:
Serginho do Porto
A arte fez-se
A luz da poesia
Na vida de um
Menino sonhador
Cativo, cheio de desejo
Sou moleque beijo
Da fazenda de sinhô
Fugi pra compor meu destino
Cresci fui à luta
Dei um salto e me inspirei
Nessa caravana de alegria
A sabedoria
De um mestre
Me abraçou
Brinquei até
Com o meu passado
Sou palhaço sim senhor
Vem pro picadeiro
Onde o povo está
O sorriso negro
Vai emocionar
Aplausos que o
Circo chegou
Vai começar o show
Já começou
Num pavilhão
Da paixão ao poema
As operetas
A luz do cinema
No oriente voei
Da folia também
Já fui rei
Academia a desfilar
Um sonho
A nossa lona é o céu
Pois também sou
Gente dessa gente
Bem assim
Apenas diferente Benjamin
Chamo o Salgueiro pra dizer
Nasci pra sambar, vencer
Meu coração bate forte
Esse é o meu lugar!
Tudo mudou, és a razão
Que me faz sonhar
Meu Salgueiro
Sempre vou te amar
Compositores:
Liesbeth Nunes
Eduardo Poeta
Rico Teixeira
Paulinho Rosa
Vitor França e
Roberto Eloy
Intérpretes:
Pixulé, Paulo Bispo e
Rogerinho Mangueira
Sapato folgado
Cabelo engraçado
Nariz pintado
Sou da trupe do Salgueiro
Herança de amor
O show vai começar
Vem brincar
Chegou a caravana chegou
A academia
Abre a cortina da memória
Moleque beijo…
Negro benjamim
Sou eu o pioneiro
Da alegria
A “chave” pro reinado
Da folia
Meu canto é a voz
Da negritude
Com atitude resisti
Bem cedo procurei a liberdade
No céu de lonas a felicidade
Assim sou rei honrei
Meu sábio professor
Não tenho dono nem senhor
Vim provar o meu valor
O circo chamou me leva
Um salto nesse
Mmundo de ilusão
Sonho de fantasia criançada
Hoje tem, hoje tem
Tem gargalhada
À noite
No clima de uma bela época
Encantei a sociedade
Com tanta arte
No pavilhão um palco inusitado
Inspiração de obras geniais
Personagens cativantes
E notas musicais
Salgueiro em cada rosto
Um sorriso
Isso é tudo que preciso
Pode aplaudir
Vem dar um susto na tristeza
Hoje quem será a realeza?
No picadeiro novos Benjamins
Compositores:
Flavio Oliveira do Salgueiro
e Andressa C. Oliveira
Intérprete:
Muito prazer
Sou Benjamim de Oliveira
Verdadeiro… pioneiro
O Rei Negro do picadeiro
Sonho e magia
Realidade e fantasia
Alegria que irradia
Arrepia meu Salgueiro
“Sou fio”…
Eu sou… ôôô
Do “Capitão do Mato”
Malaquias
Que caçava
Escravos que fugiam
Da fazenda…
De sinhá e sinhô
O circo de fato me encantou
Me fez palhaço
Ator, compositor
Um “Saltimbanco”
Aventureiro… “mas quá”
Da arte-livre de ir
Aonde o povo está
Até Floriano Peixoto
Foi me assistir e saudar
Nas “chulas” que dancei
E o meu cantar
Na corda bamba
Fui malabarista
Saltei na vida
Como um trapezista
Do circo-teatro
Fui o criador
De mãe Leandra
A felicidade
O bem amado eu sou
Rio de janeiro
De sol e mar
Na academia
Nova estrela há de brilhar
E eu vou sambar
Com “afros artistas”
No terreiro
Que exaltamos
Para o mundo inteiro
Nesse tema que envolve
E emoldura…
“A nossa cultura”
É carnaval…
Explosão de alegria
Eu, moleque beijo
O rei da folia
No swing da furiosa bateria
Sob aplausos, “d’ocês”
De branco e vermelho
Lá vou eu… “minerim”
“Bão brasileiro”
Compositores:
Rute Labre
Lilian Ramos
Francisco Luciano
Paulinho Poeta
Ric Santiago e
Edy Ferry
Intérprete:
“Abra a cortina pra mim!
Canto a liberdade!
Sonhei, menino
Em ser feliz
Seguindo o destino
Nos braço da arte
Sou moleque Benjamim!
Ô sinhá
A vida me chama, eu vou
Ô sinhá
O circo me leva, eu vou
Me leva pro mundo
No mundo não tenho sinhô
Malabarista de estrelas
Um trapezista ao luar!
Em cada salto aprendi
A levantar
Domei preconceito
Brilhei na fantasia
Meu coração cigano
Não é mercadoria!
Poeta do riso
De cara pintada
Transformo a tristeza
(iiiih) em gargalhada!
O povo sofrido
Ao me ver, sorriu (oi!)
Na lona do peito
Do meu Brasil
Um pavilhão de emoções
A magia está no ar!
Circo-teatro, cinema
Indo aonde o povo está
Fui momo na folia
Cantei a ilusão
No show da minha vida
Deixei meu coração
Aplausos
Ao palhaço primeiro
Pioneiro imortal!
Salve o artista brasileiro!
Um beijo do Salgueiro
Na negra academia!
Salgueiro canta
O rei negro Benjamim
Vai ter fuzuê
Alô criançada
Essa balbúrdia
Nunca vai ter fim
Compositores:
Maralhas, Bello do Andaraí
João Conga, Jorginho Moreira
Beto Bombeiro e Tio Júlio
Intérpretes:
Nêgo, Raphael Krek
Rogerinho do Salgueiro
e Caim
Sou Benjamin de Oliveira
Um mineiro do interior
Nasci alforriado
Sonhando com
Futuro promissor
Uai! “moleque beijo”
Então cresceu
Saltei pra vida
Pé na estrada de meu deus
Trazendo na bagagem
Coragem e talento divinal
Bordei de poesia
Nosso carnaval
E lá vou eu…
No picadeiro da ilusão
Da ilusão
Com esplendor
Da academia
No palco iluminado
De emoção
Sob a lona encarnada
Malabares, saltimbancos
Trapezistas
“se a vida imita a arte
Fiz da arte minha vida”
Incorporei
Um “palhaço negro” artista
E superei o preconceito
A picardia
Em cada cena despertei
Do sonho pro raiar
De um novo dia
Repaginando
A minha história
O mundo inteiro vai rever
Os filhos da felicidade
E a plateia… enlouquecer!
Salgueiro é religião…
Uma nação
Paixão de verdade
No circo vermelho
A cor do amor
Orgulho da comunidade
Compositores:
Augusto Chaves
Ark Chaves
Marco Daioli
Rico Rei
Alex Pinheiro e
Valeria Wright
Intérpretes:
Nego Martins e
Tiãozinho Cruz
Eu nasci
Livre, menino sonhador
Viajando em fantasia
Deslumbrado com a magia
No picadeiro
Aprendiz e saltador
Aí, o destino me sorriu
Um céu de lina se abriu
No chão
Da academia encantada
Com a cara
De branco pintada
Meu coração é vermelho
Repleto de amor
Hoje tem gargalhada
Tem sim Senhor
Alegria contagia
Meu mestre me ensinou
Tem coelho na cartola
O talento não tem cor
Sorrir é tudo de bom
A emoção está no ar
O show não vai parar!
Segui a caravana
De ciganos pela vida
Fugi, provei
A minha arte e venci
Quando no frutuoso estreei
Do “Zé Povo”
A elite conquistei
A obra de um artista popular
Tem que ir onde o povo está
Sou Benjamim
Respeitem a minha graça
A passarela me abraça
Sou o palhaço trovador
O circo chegou
Encantou a cidade
Liberdade…
Abrem-se as cortinas
Oh! Meu salgueiro
Um beijo moleque
Desse negro brasileiro
Compositores:
Sidney Sã
Kaoma e Salviano
Intérprete:
Clóvis Pê
Nasci na cativa
No revés da vida
Sonhando com a liberdade
Daqui, dali
Fugi e vi no circo
Destino… dom… realidade
A arte circense
É amor, é paixão
O céu de um palhaço
Um mar de emoções
De um trapezista
Um equilibrista
Ou um domador… ôô
Sob a lona um mundo
De riso e ilusão
Desperta delírio
Prazer, diversão
Encenando em palcos
Cinemas, teatros
Ganhei projeção
Neste universo
Rei Negro sou
O meu talento floresceu
Com muito humor
De salto em salto eu caí
Mas aprendi levantar
A minha corte
Faz platéia se alegrar
Sou um astro brasileiro
Vai minha história
Pelo mundo ecoar
De um menino
Pobre na fazenda
Virei múltiplo artista
Com sucesso singular
Inspirei negros
Astros da dramaturgia
“Belle Époque”, que magia
Fez nossa arte brilhar
Respeitável público
O espetáculo
É para enaltecer
Este filho da felicidade
Gênio que deixou saudades
É tão lindo ver
O meu Salgueiro
Transformado em picadeiro
Deleitar com seu traquejo
Decantar “moleque beijo”
Locutor nas escolas de samba do Rio de Janeiro.
Analista de Sistemas, Jornalista (RG 39675/RJ).
Radialista, Compositor e Intérprete.
Repórter do site Carnaval Carioca.