Em Cima da Hora faz junção dos sambas de Jacopetti e Richard Valença

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Foto: Anaiara Gois

A final de samba da Em Cima da Hora foi uma grande festa, com direito a participação do Império Serrano e uma pequena encenação da “Ópera dos Terreiros”, escrita por Aldo Brizzi e Jorge Portugal, representada pelos segmentos da agremiação. Após a apresentação dos cinco sambas finalistas, a diretoria optou pela junção dos sambas 6 e 7.

Ouça os Sambas

SAMBA 06 –
Parceria de Jacopetti

SAMBA 07 –
Parceria de Richard Valença

Veja como ficou a letra do samba que será assinado pelos compositores Jacopetti, Viny Machado, Marcelinho Santos, Guto Melcher, Lucas Pizzinatto, Pedro Poeta, Bruno Dallari, Richard Valença, Serginho Rocco, Orlando Ambrosio, Marquinhos Beija-flor, Márcio de Deus, Guilherme Karraz, Caxias Gilmar, Guinho Dito, Telmo W. Motta e Júlio César.

Tambor quando toca é voz de orixá
É feitiço de Ilá ôôô
Tambor quando toca é voz de orixá
Quando a pele arrepiar, incorporou
A mensagem de Exu na Bahia (ê Bahia)
Na travessia do brado de nosso axé
Encruza das ondas e alforrias
Ergueu a luta do meu Candomblé

Maré que me leva, encontro das almas
A dor que se acalma, o grito aflito
É verso escrito entre Ayê e Orum
É choro incontido ao toque do rum

Maré que me leva, encontro das almas
No couro, nas palmas
No chão do terreiro
O som brasileiro na pele e na cor
O afro erudito em Bantu e Nagô

Sou eu a mistura da fé africana
A paixão que venceu a demanda
Onde o povo retinto uniu
Eis o meu nome assentado
Em terras de paz
Onde reinam os meus orixás
Eu me chamo Ilê Brasil (sai do chão)
Quando ronca som do couro
A mandinga do chão de crioulo
Se faz cantoria de axé
E a rua se torna um só carnaval
Nossa ópera é ritual
Pra louvar o seu Candomblé

Alabê chamou
Eu vou… e não vou me embora
A magia do preto… Em Cima da Hora
Segura o corpo que eu quero ver
Quando a força do meu cangerê
For tambor de romper aurora

A azul e branco de Cavalcanti será a sétima escola a desfilar na sexta-feira de folia, dia 28 de fevereiro, pela Série Ouro da LIGA-RJ. O enredo “Ópera dos Terreiros: O canto do encanto da alma brasileira”, está sendo desenvolvido pelo carnavalesco Rodrigo Almeida.

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