Acadêmicos do Grande Rio lança o EP “Pororocas Parawaras”

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A Acadêmicos do Grande Rio preparou um presente para a sua comunidade e o público mergulharem nas Encantarias e já entrarem no clima do enredo para o Carnaval 2025. Nesta segunda-feira (12), a escola lança em todas as plataformas digitais o EP “Pororocas Parawaras”. O Álbum é composto por três canções, sendo uma inédita, criada especialmente para o enredo que levará para a Avenida no ano que vem – A saga das Princesas Turcas que navegam pela Amazônia paraense, encontram a Jurema e se tornam poderosas entidades do Tambor de Mina, celebradas em festas, terreiros, Doutrinas e Carimbós.

O projeto traz “Curió do Bico Doce” (Gonzaga Sales) e “Doutrinas Encantadas” (Augusto Rodrigues/Mestre Verequete – Composição “Chama Verequete”; “Verequete é o Rei”) interpretados por Evandro Malandro, e a composição inédita “Guiança” (Jane Cerdeira e Marcelle Almeida), interpretada por Evandro Malandro e Thays Sodré. Jane Cerdeira e Marcelle Almeida foram as artistas paraenses responsáveis pela obra “Guiança”:

“Participar do trabalho de pesquisa com a Acadêmicos do Grande Rio foi algo literalmente mágico. A princípio, no momento do convite, senti o peso da responsabilidade e liguei imediatamente para minha irmã e parceira de criações artísticas. Então Marcelle me intimou a trabalharmos juntas e começamos o processo na Guiança do mundo encantado, e foi realmente uma viagem linda demais”, conta Jane Cerdeira.

Marcelle Almeida, cantora e compositora de Santarém-PA, falou sobre a alegria de poder compor uma obra em homenagem às Princesas Turcas ajuremadas (Mariana, Herondina e Jarina):

“A Amazônia é o ponto de encontro dos Encantados, onde a força da floresta se mistura aos saberes dos nossos mestres de Carimbó, ao Tambor de Mina, à Pajelança. Esse convite revelou-se como um presente em minha vida, pois o Samba e o Carimbó sempre cruzaram a minha criação, e a missão de compor um trabalho para o carnaval trouxe como produto uma homenagem à magia da festa dos Encantados. Saudamos o encontro dessa magia com os curimbós, os rodopios das Princesas na beira do rio, a celebração da vida, da cura e do amor. Será muito emocionante o que veremos na Avenida”, frisa Marcelle Almeida.

A produção do EP foi mais uma etapa do processo de intercâmbio cultural entre o Rio de Janeiro e o Pará, que a Grande Rio iniciou já nas primeiras pesquisas de enredo. Evandro Malandro falou sobre essa troca de conhecimento e a oportunidade de multiplicar e disseminar o samba e o carimbó:

“Foi uma experiência maravilhosa. A Grande Rio vem me proporcionando essas experiências de cantar culturas diferentes. Nunca tinha passado por essa experiência de cantar Carimbó. Mas eu acho que me adaptei bem, estudei bastante para pegar o jeito de cantar com a essência dos mestres. E acho que consegui representar bem. Cantar Carimbó e conseguir desenvolver essa parte de Carimbó no Samba e as adaptações que a gente fez entre Carimbó e Samba ficou muito bacana. Acho que vai pegar, acho que vai dar certo, o pessoal vai gostar do trabalho”, adianta Malandro.

O projeto contou ainda com a participação do Grupo Aturiá, do mestre de bateria, Fabrício Machado, nos arranjos, surdos, caixa, repique e tamborim; Thays Sodré na voz, triângulo e maracas; Panmela de Jesus, no coro e maracas; Andréia de Vasconcelos, nas maracas e matraca; Vitor Hugo Machado, na caixa, repique e tamborim; Vitor Medeiros, no chocalho e maracas; e Rafael Prates na harmonia. Além dos carnavalescos Leonardo Bora e Gabriel Haddad na direção artística; Sophia Chueke na produção e assistência artística; Filipe Almeida nas artes de divulgação; e Thiago Monteiro na produção executiva. As mixagens ficaram por conta de Leonardo Bessa e produção Estúdio Méier.

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