Imperatriz Leopoldinense terá noite inesquecível com a escolha do samba

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Diretoria prepara festa com decoração temática em homenagem à cigana Esmeralda.

Foto: Nelson Malfacini

O povo de Ramos se prepara para uma grande festa nesta segunda-feira (16), a partir das 21h, data em que a Imperatriz Leopoldinense realiza a esperada final de samba-enredo rumo ao Carnaval 2024. Das dez parcerias que iniciaram o concurso, em setembro, três chegaram até a etapa decisiva: Zé Katimba, Me Leva e Jefferson Lima. Com mais de 2 mil ingressos comercializados, a expectativa é de casa cheia no feriado pelo Dia do Comércio.

“Estamos preparando uma linda festa para o povo da Leopoldina. Espero contar com a participação da nossa comunidade para darmos mais um importante passo rumo a um grandioso desfile. Posso garantir que a Imperatriz terá, mais uma vez, um excelente samba”, afirma a presidente Cátia Drumond.

Entre as muitas supresas guardadas para o evento, estão o novo repertório de shows da Imperatriz, que conta com clássicos da MPB, como “Andar com fé eu vou”, de Gilberto Gil, aos históricos sambas da agremiação, como “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós!”. Mais de mil rosas serão distribuídas para as mulheres que forem até a quadra leopoldinense.

“Fizemos uma decoração em saudação ao povo cigano. Que essa lembrança às mulheres da Zona da Leopoldina possa nos trazer sorte neste ciclo, como ensina o testamento”, brinca a presidente.

A ordem de apresentação das três parcerias acontece horas antes da disputa, por sorteio com participação de representantes de cada um dos grupos de compositores. Cada uma das parceria terá 25 minutos de apresentação.

Ouça os sambas finalistas:

SAMBA 04 –
Parceria de Zé Katimba

SAMBA 07 –
Parceria de Me Leva

SAMBA 10 –
Parceria de Jeferson Lima

De acordo com o carnavalesco Leandro Vieira, o desenvolvimento do enredo é debruçado de forma livre sobre um pequeno folheto que fala sobre o encontro do testamento da cigana Bruges de Esmeralda e o descortinar do conteúdo de seus ensinamentos místicos. O folheto, escrito há mais de cem anos, é assinado por Leandro Gomes de Barros – escritor paraibano reverenciado por Carlos Drummond de Andrade como “O rei da poesia do sertão”.

“No descortinar da leitura do folheto, a gente se depara com uma série de ensinamentos de caráter popular sobre a interpretação de sonhos, com uma tabela que predetermina dias felizes e dias de má sorte, com caminhos para a leitura da sorte na palma da mão e a influência dos astros nos caminhos humanos com direito, inclusive, a uma semana astrológica”.

“É material para delírio carnavalesco pra tudo que é lado. E o melhor de tudo é que não precisa de longas teses ou muita explicação para ser compreendido. É cultura popular feita pelo povo e para o povo. Nosso samba também levará essa narrativa delirante ao público”, contextualiza Leandro Vieira.

Em 2024, a verde, branco e ouro será a sexta e última escola a desfilar no domingo de Carnaval. A escola busca o bicampeonato no Grupo Especial com o enredo “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”.

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