Parceria de Lequinho é campeã na Estação Primeira de Mangueira

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Foto: Arquivo

O Palácio do Samba ficou lotado para a grande final de samba-enredo na Estação Primeira de Mangueira. O enredo “A negra voz do Amanhã”, desenvolvido pelos carnavalescos Guilherme Estevão e Annik Salmon, apresentará os caminhos percorridos pela cantora na construção de seu amanhã. Esses se dão, principalmente, por suas crenças, que promovem sentido à sua caminhada, aliado à música que lhe acompanha desde menina como missão e a cultura popular que a formata enquanto artista.

A disputa na verde e rosa foi acirrada com grandes obras na fase final. O samba de Lequinho, Júnior Fionda, Gabriel Machado, Fadico, Guilherme Sá e Paulinho Bandolim se destacou contagiando o mangueirense e foi ovacionado após o anúncio oficial já na madrugada deste domingo (8).

Em seu segundo ano como comandante da verde e rosa, a presidente Guanayra Firmino exaltou a participação de vinte e quatro parcerias que se inscreveram para a disputa, o que, segundo ela, afirma a credibilidade da sua administração e, além disso, a crença do compositor no enredo escolhido por sua gestão.

Ouça o samba vencedor:

Compositores:
Lequinho, Júnior Fionda
Gabriel Machado, Fadico
Guilherme Sá e Paulinho Bandolim
Intérprete:
Tinga

Xangô chama Iansã
Que a voz do amanhã
Já bradou no Maranhão
Tambor de Mina
Encantados a girar
O divino no altar
A filha de toda fé
Sob as bênçãos de Maria
Batizada Nazareth
Quis o destino
Quando o tempo foi maestro
Soprar a vida aos pés
Do velho cajueiro
Guardar no peito
A saudade de mainha
Do reisado a ladainha
São Luis o seu terreiro
Ê bumba meu boi
Ê boi de tradição
Tem que respeitar Maracanã
Que faz tremer o chão

Toca tambor de crioula
Firma no batuquejê
Ô pequena feita pra vencer
Vem brilhar no Rio Antigo
Mostra seu poder de fato
Fina flor que não se cheira
Não aceita desacato

Vai provar
Que o samba é primo do jazz
Falar de amor como ninguém faz
Nas horas incertas
Curar dissabores
Feito uma loba
Impor seus valores
E seja o pilar da esperança
Das rosas que nascem
No morro da gente
Sambando, tocando e cantando
Se encontram passado
Futuro e presente
Mangueira… de Neuma e Zica
Dos versos de Hélio
Que honraram meu nome
Levo a arte como dom
Um Brasil em tom marrom
Que herdei de Alcione

Ela é Odara, deusa da canção
Negra voz, orgulho da nação

Meu palácio tem rainha
E não é uma qualquer
Arreda homem que aí vem mulher
Verde e rosa dinastia
Pra honrar meus ancestrais
Aqui o samba não morrerá jamais

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