Portela escolheu o samba da parceria de Rafael Gigante
A parceria de Rafael Gigante, Vinicius Ferreira, Wanderley Monteiro, Bira, Jefferson Oliveira, Hélio Porto e André do Posto 7, venceu o concurso de samba-enredo na azul e branco de Oswaldo Cruz e Madureira. A grande final da Portela foi realizada na última sexta-feira (6), na quadra de ensaios localizada na Rua Clara Nunes 81.
A novidade ficou por conta da imprensa especializada, que pôde declarar seu voto. Os segmentos também tiveram suas preferências divulgadas, com o objetivo de dar transparência ao processo de escolha do hino oficial para o Carnaval 2024. O samba escolhido será apresentado oficialmente na edição de outubro da tradicional Feijoada da Família Portelense. O evento será no dia 14 de outubro, a partir das 13h.
O presidente da LIESA, Jorge Perlingeiro, os diretores de Marketing, Gabriel David; de Carnaval, Elmo José dos Santos; Jurídico, Fernando César Leite, de Patrimônio, Moacyr Henriques, e o administrador da Cidade do Samba, Édson Marcos, prestigiaram o evento ao lado do presidente da Riotur, Ronnie Costa, e do diretor de Operações, Gustavo Mostof.
Em 2024, a Portela apresentará o enredo “Um defeito de cor”, dos carnavalescos André Rodrigues e Antônio Gonzaga, baseado no livro de Ana Maria Gonçalves. A agremiação será a segunda escola a desfilar na segunda-feira de folia.
Compositores:
Rafael Gigante, Vinicius Ferreira
Wanderley Monteiro
Jefferson Oliveira, Hélio Porto
Bira & André do Posto 7
Intérprete:
Wander Pires
O samba genuinamente preto
Fina flor, jardim do gueto
Que exala o nosso afeto
Me embala, oh! mãe
No colo da saudade
Pra fazer da identidade nosso dialeto
Omoduntê, vim do ventre do amor
Omoduntê, pois assim me batizou
Alma de Gege e a justiça de Xangô
O teu exemplo me faz vencedor
Sagrado feminino ensinamento
Feito águia corta o tempo
Te encontro ao ver o mar
Inspiração a flor da pele preta
Tua voz, tinta e caneta
No azul que reina Yemanja
Salve a lua de Bennin
Viva o povo de Benguela
Essa luz que brilha em mim
E habita a Portela
Tal a história de Mahin
Liberdade se rebela
Nasci quilombo e cresci favela
Orayeye Oxum, Kalunga
É mão que acolhe
Outra mão, macumba
Teu rosto vestindo o Adê
No meu alguidar tem dendê
O sangue que corre na veia é Malê
Em cada prece, em cada sonho, nêga
Eu te sinto, nêga, seja onde for
Em cada canto, em cada sonho, nêgo
Eu te cuido nêgo cá de onde estou
Saravá Keindhe
Teu nome vive
Teu povo é livre
Teu filho venceu, mulher
Em cada um nós
Derrame seu axé
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