Foto: Rodney de Figueiredo

PRESIDENTE:
Milton Perácio
ENREDO:
“Nosso destino é ser onça”
CARNAVALESCOS:
Gabriel Haddad e Leonardo Bora
BATERIA DA GRANDE RIO:
Mestre Fafá
COMPOSITORES:
Derê, Marcelinho Júnior
Robson Moratelli, Rafael Ribeiro
Tony Vietnã e Eduardo Queiroz
INTÉRPRETE:
Evandro Malandro

Trovejou, escureceu
O velho onça, senhor da criação
É homem fera, é brilho celeste
Devora e se veste de constelação
Tudo acaba em fogaréu
E depois transborda em mar
A terceira humanidade
Cuaraci vem clarear
Ê, Sumé, nas garras da sua ira
Enfrentou Maíra, tanto perseguiu
Seus herdeiros vivem essa guerra
Povoando a terra
A voz Tupinambá rugiu

É preta, parda
É pintada, feita a mão
Suçuarana no sertão que vem e vai
Maracajá, jaguatirica ou jaguar
É jaguarana, onça grande, mãe e pai
É preta, parda
É pintada, feita a mão
Suçuarana no sertão que vem e vai
Maracajá, jaguatirica ou jaguar
Onça grande, mãe e pai

Yawalapiti, Pankararu, Apinajé
O ritual Araweté
A flecha de Kamaiurá
Do tempo que pinta a pedra
Pajelança encantada
Onça-loba, coroada
Na memória popular
Kiô… Kiô, kiô, kiô kiera
É Cabocla, é mão-torta
Pé-de-boi que o chão recorta
Travestida de pantera
Kiô… Kiô, kiô, kiô kiera
A folia em reverência
Onde a arte é resistência
Sou Caxias, bicho fera

Werá… Werá auê
Naurú werá… Auê
A aldeia Grande Rio ganha a rua
No meu destino a eternidade
Traz no manto a liberdade
Enquanto a onça não comer a lua

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