Foto: Rodney de Figueiredo

PRESIDENTE:
Fernando Horta
ENREDO:
“O conto de Fados”
CARNAVALESCO:
Alexandre Louzada
BATERIA PURA CADÊNCIA:
Mestre Casagrande
COMPOSITORES:
Júlio Alves, Claudio Russo
Jorge Arthur, Silas Augusto
Chico Alves e D’Sousa
INTÉRPRETE:
Ito Melodia

Um samba fadado
Ao mar do outro lado
A pescar histórias, memória ancestral
Viaja na bruma da branca espuma
Pra encantar no carnaval
Vai buscar…
No vasto oceano o heróico odisseu
Que além do Egeu não se amedrontou
Com uma rainha tão só e carente
Mulher ou serpente
Que jurou o seu amor
A beira do Tejo nascia Lisboa
A musa das loas dos seus menestreis
Na praia bravia o ouro escorria
E o guardião emergia das marés

Põe no balaio um punhado de magia
Das divindades que invadiam o lugar
Põe no balaio e amassa com carinho
Que do cacho eu faço vinho
Pra colheita festejar

N’alma do fado mil e uma noites
Doces sabores, velho saber
Sonho de Sagres, foi a matamba
Herdou o samba, ifá, dendê
Portugal das glórias
Que revelam o passado
Ao monstro que sangrou escravizados
E veio aportar no mar
Que brilha sob o céu de Vera Cruz
Um banho de alfazema que conduz
O Santo Rosário e o povo de fé
Pra cantar o fado tijucano
Macumbado de amém e axé

Gira baiana
Perfumada de alecrim
Que a Unidos da Tijuca
Defuma no benjoim
Gira na roda a saia
De linho rendado
Que o fado vira samba
E o samba vira fado

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